Após dias de chuva pensei em fazer um passeio as arenosas paragens da Fonte da Telha, aproveitando o facto de a areia com a água da chuva se tornar mais consistente, primeiro engano, pois tivemos um Verão tão seco que locais com mais areia drenaram rapidamente, dificultando a passagem de ciclistas mais pesados como é o meu caso, já pelo contrário tanto o Hipólito como o Mário passavam relativamente bem pelos sítios com um pouco mais de areia.
Chegados à Fonte da Telha, onde fizemos uma abordagem pela falésia a sul da descida do rampa, indo ao encontro dessa estrada quase a meio, reparamos que a maré estava relativamente vazia, ao que eu idealizei e indiquei que iríamos pela praia até às Bicas, e cometi o segundo engano do dia, só me esqueci da mudança para a hora de Inverno, na noite passada, e a maré já estava a encher à cerca de uma hora, ainda andamos alguns metros junto à arriba fóssil da Fonte da Telha e depois aproxima mo nos da beira de água, com o intuito de pedalar na areia mais rija, ainda pedalamos cerca de dois quilómetros, só que com a maré a subir rapidamente vi amo nos obrigados a subir para a areia mais solta o que nos impossibilitou de pedalar, a mim e ao Mário, já que o Hipólito, e o seu peso pluma, completou quase seis quilómetros dos sete e meio que separam a Fonte da Telha da Lagoa.
Parecíamos náufragos, a pé até à entrada da Lagoa de Albufeira, local onde sensatamente achamos melhor sair e regressar a casa, atalhando pelos Zambujais, e passando por vários locais que a muito tempo não vislumbrava mos, foram só 62 km com 655 metros de altimetria, e ainda dizem que a costa é plana!
A mim fisicamente não custou muito, mas o meu "backside" andou uma semana de costas voltadas comigo, fruto de quase dois meses sem pedalar.
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