Neste dia soalheiro e tirando o frio matinal, a cheirar a primavera, apareceram sete (7) CicloBeatos, o João Dias e o Flávio Henriques que já não nos acompanhavam à largos meses, e novamente a presença do Pedro Maricato, o Mário Jesus, também voltou às lides de que têm andado um pouco arredado, os três "habitués" restantes foram, o Hipólito Sequeira, o Fernando Oliveira e o Renato Carvalho.
Para hoje tinha programado uma volta inicialmente acessível aos "menos treinados", e acima de tudo procurei não me afastar muito da zona de partida no caso de existirem, problemas físicos com algum dos CicloBeatos, menos em forma, e de certa forma oferecer, também, aos mais bem, preparados uma volta condigna, com o processo de preparação pelo qual têm desenvolvido certa dedicação, com vista ao passeio anual.
A volta inicial, revelou-se agradável, e talvez devido à ânsia de pedalar com os seus amigos e também a algum tempo de ausência, os visados neste meu plano, resolveram aplicar um ritmo inicial (a célebre energia matinal ao levantar), aquém das suas possibilidades, e que viria a revelar-se fatal para eles com o caminhar do passeio, no que o dia de hoje se tornou quase num jogo do "Selim Quente", com vários abandonos ao longo do percurso.
Porém, a meu ver não há que desanimar porque, têm bastante tempo para fazerem a preparação, para o Aveiro-Azeitão (415 km), e como sabem, rapidamente estarão na mesma forma ou melhores, que os vossos companheiros mais adiantados na preparação, em relação ao dia de hoje serviu para um "mea culpa", e os intervenientes repararem que têm de fazer uma boa preparação para a volta que se encaminha a passos largos e que parecendo plana, não, o é, aconselho a verificarem bem os "tracks" que vós enviei e repararem que no primeiro dia temos de fazer 130 km, fácil!?... Mas existem mais 3 dias, e dois deles a recortar a costa, junto às falésias, num fácil de adivinhar, sobe e desce constante, e com cerca de 70 km cada... E depois ainda existirá, o último dia com 100 km, com a Serra de Sintra no inicio.
No dia de hoje os percalços, começaram com o habitual furo do João (que tal Tubeless ó João), depois ao entrarmos no enlameado trilho do "Eremita", mais um percalço, o "drop-out" da nova "bike" do Renato, (vai mas é buscar a antiga!), e a cedência da forma do Flávio, que têm andado com problemas nas costas, e que após largos meses sem acompanhar os seus amigos, cedeu à evidente má forma, e num gesto raro (talvez único da sua personalidade), teve de desistir, e acompanhar o infortunado, Renato no regresso a casa, e assim que chegaram ao cruzamento Picheleiros/Parque de Campismo regressaram ao ponto de partida que se encontrava a cerca de 2 km.
O restante grupo continuou, rumo ao "Fim do Mundo", numa subida que começou pela Quinta do Picheleiro, e que se acentuou perto da Quinta do Rampa, onde se inicia a subida final e vertical do "Fim do Mundo", e que viria a ditar o abandono de mais 2 elementos do grupo, o João que ainda resistiu bastante, mas que os 20 km, a mais, que trazia do Barreiro a pedalar, a meu ver foram determinantes, juntando à sua falta de treino, tornaram-se realmente fatais e fim de linha, nas Serras de Azeitão, o pedalar esse sim continuou até, novamente, o Barreiro.
Já o nosso amigo Mário (sim o homem do ombro, e do copus nocturnus), que há algum tempo atrás se encontrava realmente bem, e em grande forma, também acusou a falta de assiduidade e teve de regressar mais cedo a casa, acompanhando o João até aos Brejos de Azeitão.
Neste momento estava um trio a pedalar em direcção ao Cuco, e no regresso à Palhavã, outra desistência, a do Pedro Maricato, não pela má forma, pois o rapaz é jovem, está cheio de garra e treina muito, porém os CicloBeatos são duros de roer, não é Pedro!? Abraço e até breve.
Como duo, regressamos ao trilho do casal do cortiço, e fomos contornar os trilhos da Califórnia, descemos em acelerado pela Quinta Nova, fomos na direcção dos Brejos, contornamos a Quinta da Bassaqueira, junto ao lago, e "fomos ao mercado" regressando pelo trilho dos dois finalistas de hoje, numa deslocação que se está a tornar "viciante" para ambos, e que se revelou uma boa opção para fugir ao transito de dias de mercado, por ali existem, peões, mas estes afastam-se gentilmente para a nossa passagem, pois não cabe na cabeça de ninguém ver por ali ciclistas com a estrada ao lado a menos de 2 metros.
Depois a última desistência do dia (cadeira quente), a minha, que não acompanhei o Hipólito, até ao ponto de partida, e a 200 metros desse local rumei a casa, desta vez "ganhou" o selim quente, o Hipólito, mas em jeito de desafio a uma boa preparação dos restantes, para a próxima tenho a certeza que será outro CicloBeato, apenas existem uns melhor preparados que outros, e também existem dias melhores que outros, portanto pessoal, toca a fazer um pequeno esforço e toca a pedalar e treinar, o passeio está quase aí, já só faltam 4 meses.
Ah! Já me esquecia... Fizemos 38 km com 903 metros de acumulado em subidas, e eu (Fernando) e o Mário, caímos, conforme as duas fotos em baixo ilustram.
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