Hoje a ameaça de chuva era uma constante e o céu alternava entre o cinzento e o muito escuro com as trovoadas que teimosamente nos faziam vestir e despir impermeáveis, ainda assim arrancámos no sentido de Sesimbra cinco valentes e corajosos CicloBeatos, a saber por ordem de DNA (Data Nascimento Antiga), o Hipólito, o Flávio, o Renato, o aspirante a CicloBeato Rui e eu Mário, todos admirados com a minha presença devido ao percalço que sofri na semana passada e me deixou um bocado empenado na ilharga direita, lá fomos pela rua José A. Coelho para junto à fonte da Aldeia Rica virarmos à esquerda e subir até ao Alto da Madalena pelo Vale de Rios.
Chegados ao Alto da Madalena e altura de enfrentar os medos e receios e descida até ao Vale dos Picheleiros, onde podem crer que desci à mesma velocidade que costumo descer. Depois de uma pequena intervenção nos V-Brakes da bicicleta do Hipólito, voltámos á direita para fazer o atalho que nos leva até ao Alambre e evitamos a passagem por dentro do acampamento de escuteiros, por vezes com o portão fechado, devido ao tempo intermitente, ora chove ora faz calor, paragem para despir o casaco ou vestir conforme a ocasião, chegámos ao Alambre e daqui até à Aldeia da Portela por um caminho que atravessa o Parque Ambiental do Alambre, sempre com boa disposição onde o Rui já vai travando alguns diálogos e segundo alguns elementos “já está a esticar-se!”, atenção Rui, que a prova extrema de entrada nos CicloBeatos ainda não foi feita e bem que podes fazer piscinas no Cristo-Rei, que a coisa vai ser dura.
Passagem pelo Parral e depois de fazer um pouco do estradão de Calhariz no sentido da Aldeia das Pedreiras, voltámos á esquerda e sempre para cima até à pedreira que está junto à “nossa” varanda, e que final de subida onde temos uma rampa que desafia o bttista no tal “vai ou racha” e onde a maior parte das vezes a força das pernas cede á cabeça que manda parar. Hoje tivemos mais uma estreia na luta do homem contra a subida, o Renato pela primeira vez passou o ponto fulcral e era vê-lo a pedalar até ao topo, eu e o meu sócio de subidas, o Hipólito, conquistámos esta ladeira o ano passado e agora cada vez que aqui chegamos já sabemos que a vamos fazer na íntegra, talvez a minha dúvida hoje era se os meus joelhos iam aguentar a violência da subida, mas aqui o psicológico na tal altura do ” vai ou racha” continua a imperar, deviam de ver as caras de outros Bttistas que se cruzaram com os CicloBeatos, via-se que ficavam um tanto ou quanto espantados tipo “gandas malucos a subir isto”, enquanto que nós quase com os dentes no guiador lá íamos subindo, chegados á "nossa" varanda todo o esforço é recompensado com uma vista FABULOSA do oceano e da península de Tróia que se estende para os lados do Litoral Alentejano.
Depois das fotos e das barritas da praxe, fomos a contornar a pedreira, escorregando pela lama que estava bem pegajosa devido às chuvadas que iam caindo desde sábado, pequeno contratempo num trilho muito giro, mas que se foi fechando até chegarmos a um ponto onde tivemos de voltar para trás uns metros, com cromados riscados à mistura, na estrada do facho de Santana seguimos até à Maçã e depois de passarmos o portão de Calhariz rumámos ao Alto das vinhas pelo estradão de terra batida, passamos nas traseiras da Urbanização com o mesmo nome e cruzámos a ribeira de Coina junto à Quinta dos Arcos.
Circulámos pela Quinta dos Arcos até à Quinta da Conceição onde tomámos o caminho dos Canais e pela Aldeia de Irmãos até Vila Nogueira onde chegámos perto do meio-dia, hora combinada por todos devido aos afazeres familiares. Boa volta com a cereja no topo do bolo que é a vista da "nossa" varanda…. Quem não conhece não sabe o que perde, difícil de lá chegar mas muito recompensador.
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