domingo, 25 de julho de 2010

MANHÃ MUITO QUENTE


Hoje para evitar o muito calor que se previa (perto de 40º), resolve-mos fazer uma voltinha muito suave (estava-mos muito fraquinhos) ... decidi-mos que hoje não existiriam subidas relevantes!




A saída foi pelas 7.00 direitos aos Casais da Serra passando pelo Alambre e depois pela estrada dos Casais de Calhariz, Aldeia das Pedreiras, e na Corredoura demos a volta para o regresso, Santana, Sampaio e ainda houve tempo para explorar novos caminhos na Maça (mais propriamente no alto da Faúlha).




Depois viemos pelo Alto das Vinhas na direcção dos Canais, por aqui também houve trilhos a estrear, seguindo um que nos levou até a Quinta dos Arcos e posteriormente ao Parral, ai descemos novamente ao Alambre desta vez pelo alcatrão e paramos na Aldeia de Irmãos para a foto da praxe ... ainda por cima numa capelinha ... nada mais indicado para CicloBeatos como nós.



Para o próximo Domingo, vamos a Lisboa, sendo que a hora da saída é às 6.30 de Vila Nogueira de Azeitão Junto à Casa das Tortas rumo à estação de Coina, a pedalar para apanhar o comboio das 7.22, qualquer duvida, por favor contactem-me, até para a semana!

Fernando Oliveira - 917698165

sexta-feira, 23 de julho de 2010

1º DE AGOSTO EM LISBOA


Como já vós tinha anunciado, no dia 1 de Agosto os CicloBeatos irão realizar o seu já tradicional passeio à Lisboa, aproveitado, o facto de ser domingo, e este o mês de férias da maioria dos lisboetas, certamente iremos circular muito à vontade na capital.

O percurso terá aproximadamente 30 km planos e de baixa dificuldade, sendo que o maior obstáculo poderá ser a subida ao castelo mas, mesmo esta, é bastante curta e relativamente fácil.
A saída será de Vila Nogueira de Azeitão, junto à casa das tortas, pelas 6.30 sem falhas ... direitos à estação de Coina onde apanharemos o comboio Fertagus pelas 7.22 com destino a estação do Pragal onde saíre-mos, e pedalando até ao Porto Brandão para a travessia em cacilheiro que passa às 8.08 com rumo a Belém.




Em Belém passaremos pelo Palácio Presidencial e fazemos a primeira paragem nos Pasteis de Belém, depois o Mosteiro dos Jerónimos e os seus Jardins, o Centro Cultural de Belém, depois  Monumento aos Combatentes do Ultramar, Torre de Belém e o Padrão dos Descobrimentos.








Após termos passado pelas Docas (Bares e Restaurantes) e ter-mos visto a roupa interior da Ponte 25 de Abril, passaremos pela Doca da Rocha de Conde de Óbidos depois pelo Cais de Sodré, o Cais das Colunas e o Terreiro do Paço, Campo das Cebolas e a Casa dos Bicos.








Em seguida começa a subida para o Castelo com passagem pela Sé ... não se esqueçam de levar "pilim" para a entrada no Castelo de São Jorge e claro máquina fotográfica.



Depois de visitado o Castelo, descida pelas estreitas ruas que o circundam até ao Martim Moniz, Praça da Figueira, Rossio e ida à Ginjinha para molhar o bico ...





Depois de afogar-mos as mágoas, subiremos a Avenida da Liberdade, Parque Eduardo VII, passaremos pela penitenciária de Lisboa (espero não perder ninguém por aqui), rumo à estação de Campolide onde regressaremos à estação de Coina e depois é sempre a pedalar até Azeitão.




Convém lembrar que as entradas no Castelo são pagas e que quem quiser comer (Natas) e beber (Ginjinha) ... terá de levar "bago ... taco ... carcanhol ... tustos ..." assim como para as passagens de comboio e de barco.

Lembrem-se que esta será um oportunidade para pedalar com os CicloBeatos em baixissíma rotação ... coisa difícil, pois como é sabido somos uns durões ... de notar que grande parte do percurso será feito pela beira-mar e na CicloVia do tejo.

A hora do regresso está dependente do tempo que levarmos a fazer o circuito ... não havendo portanto grandes pressas ... voltamos quando tivermos de voltar.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

PROJECTO GUADIANA 2010 (2º DIA)



 Dia 12 de Junho de 2010

Mourão - Mina de São Domingos 129Km


A alvorada do segundo dia desta nossa aventura começou pelas 5.00, quando o despertador nos acordou, após a higiene matinal com águinha fresquinha nas partes ... tomamos o pequeno almoço e começamos a arrumar a carrinha e o local onde pernoitamos para o deixar-mos tal e qual o encontramos ... limpo.


Após termos realizado todas as tarefas de limpeza e arrumos, forma-mos junto ao local onde se faz tiro para a já tradicional foto de família (caramelada ou não o que interessa é que a malta gosta e alinha sempre), depois fomos entregar a chave no sitio combinado com o Sr. António Ferreira, a bomba da Galp ... de qualquer maneira tínhamos de lá ir pois já não aguentávamos o Nuno a pedinchar por um café .. grande dependência (eu digo ainda bem ...).







Eram 6.30 quando arrancamos após tirarmos as últimas fotos em Mourão com o seu castelo ao fundo, o céu apresentava-se com algumas nuvens e o tempo estava um pouco ventoso e frio, o que me levou a levar emprestado o impermeável do Zé António (eu ia à verão ...), certamente também iríamos encontrar o piso molhado pois tinha chovido bastante no fim do dia anterior.



Depois passamos bem perto da nova aldeia da Luz e atravessamos uma das pontes do lago do Alqueva na estrada que nos levaria para o nosso primeiro destino do dia, Santo Amador, depois voltamos a ter contactos imediatos com as nossas queridas obelhinhas do góógle no Monte Frechetes, elas eram novamente às centenas, as nossas amigas vacas ... só que desta vez grande parte estavam em cercados isolados da nossa passagem, aproximando-se de nós pois, certamente pensavam que era hora da papinha e pensado que nos lha ia-mos dar ... ainda fizemos um desviozito  ... mas nada de anormal como no dia anterior ... também já estávamos vacinados.

A seguir estava guardado o primeiro contratempo do dia, e até estávamos a andar bem e a fazer uma boa média ... lama ... muita lama ... imensa lama ... tivemos de atravessar um olival, a terra estava fresquinha e solta e para melhorar a situação feno, muito feno (que fez efeito tijolo), lembrem-se que antigamente se fabricava tijolo com lama e palha, escusado será dizer que as bicicletas pararam ... tinham mesmo de parar, a lama era tanta ... e ainda tivemos de andar mais de 2 quilómetros dentro desse olival ... só a limpar a lama estivemos cerca de 30 minutos, estávamos destinados a sofrer neste projecto ...








Para continuar a nossa aziaga saga, perto do Monte dos Parradinhos recebi uma chamada do nosso CicloBeato de apoio, a comunicar-nos que tinha tentado chegar a Santo Amador pela estrada que iríamos percorrer, e que ao chegar ao rio Ardila, viu-se obrigado a recuar pois o leito do rio estava muito cheio o que impossibilitava a passagem da carrinha e que certamente nós também não o conseguiríamos passar, rapidamente dei as coordenadas do ponto onde nos encontrávamos, e o Zé António veio ao nosso encontro.
O Zé António explicou-nos que realmente era impossível passar o rio a vau (um nativo "Alentejano" disse ao Zé que normalmente nesta altura dá para passar, mas este Inverno foi muito chuvoso e o leito do rio estava bem mais cheio).

Eram 9.15 e após pequeno petisco rapidamente improvisado ... resolvemos dar a volta, na carrinha, pela estrada da Amareleja e Safara indo até ao cruzamento na saída sul de Santo Amador, onde retomamos o nosso caminho pelas 10.00, desta feita, já a pedalar.







Pedalamos durante vários quilómetros por um estradão cheio de pedra que nós massajou constantemente as nalgas ... passamos por vários montes, até que em apenas menos de 1 km, voltamos a encontrar a lama e novamente com palha e ... novamente muita ... voltamos a limpa-la numa estrada de alcatrão que cruzava a nossa rota, opta-mos então por sair para o alcatrão fazendo mais uns quilómetros mas contornando e evitando muita lama e muito tempo a limpar a biclas ...

Foi então que entramos numa das maiores herdades do país, a herdade dos Machados, resolvemos tirar umas fotos na casa senhorial dessa herdade e numa escadaria, para nosso grande infortúnio o Fernando Viegas que já não andava nada bem, voltou a dar um jeito ao joelho ... e ... adeus projecto para ele, ainda tentou andar mais um pouco mas não dava ... como o próprio relatou o joelho dava estalos ... resolvemos então ligar para o Zé António, o vir buscar à Herdade dos Machados ... eis que para cumulo do azar ... tanto o Mário como o Hipólito que nunca se tinham separado do telemóvel, deixaram ambos na carrinha ... (alguém de certeza nos rogou uma praga ...)



Ainda nos encontrava-mos a alguns quilómetros do nosso próximo ponto de abastecimento ...a vila de Pias, pelo que tivemos de improvisar ... arranjamos uma corda (gentilmente cedida por uma cerca da herdade) e vai de puxar o Viegas até Pias, alterando o nosso percurso pois era mais façil puxa-lo pelo alcatrão.

Quando chega-mos a Pias pelas 12.15, confesso que ia completamente desterrado, desalentado e alheado de tudo, neste dia tinha-nos acontecido quase um pouco de tudo, estava em muito más condições psicológicas, pois tinha acabado de perder um dos pilares deste projecto, e fui-me a baixo ... resolvi  fazer a próxima etapa entre Pias e Serpa na carrinha, pois não me encontrava bem, e ia prejudicar o ritmo dos meus colegas, prontifiquei-me a instalar o GPS em outra bicicleta para continuarem a viagem.
Mas os outros membros solidariamente com o Viegas e comigo, concordaram em fazer-mos a etapa Pias-Serpa na carrinha e irmos ao café Lebrinha para bebermos umas imperiais e recuperar a moral, e assim foi.



Chegamos a Serpa pelas 13.00 e íamos desalentados, mas com sede, depois de tomarmos umas imperiais e uns queijinhos de Serpa no Lebrinha, recuperamos a moral ... todos ... menos eu, que preferi continuar na carrinha a fazer companhia, ao Zé e ao Viegas que teve mesmo de parar de pedalar, mas nunca abandonou os seus colegas e amigos ... incentivando-os sempre, e a partir deste dia tomando conta da reportagem video a partir da carrinha, saímos de Serpa rumo a Vale do Poço pelas 13.45.




A rapaziada a pedalar ia animada e na carrinha também, eu encarreguei-me de tirar umas fotos em movimento ao pessoal, que se depararam com uma subida que nunca mais acabava, entre Santa Iria e Vales Mortos, eu comi umas batatinhas fritas para recuperar a moral e no fim da subida (espertalhão ...) após assistência técnica dos meus amigos mecânicos Viegas e Pombo (com direito a experimentar a maquina ... entrei novamente em acção e cheio de força e speed ... (olha o gajo cheio de pica) diziam os outros CicloBeatos, sentia-me outro após me ter alimentado de forma conveniente, e vai de dar gás e impor um ritmo avassalador ao pessoal ... tão avassalador que nem paramos no local de abastecimento em Vale do Poço pelas 14.50.







Saímos do alcatrão e desviamos na direcção do Monte do Guizo, para continuar a nossa série de infortúnios neste troço até uma abelha me deixou o seu ferrão na parte interior, do lábio inferior ... reparem bem no azar ... temos de ir à bruxa (mas nada detém os CicloBeatos ...motivados e obstinados), tive até de chamar apressadamente o Hipólito para tirar o ferrão da beiçola ... mas continuando e a grande ritmo, passando e posando junto do Menir do Guizo Pequeno, agora já estávamos perto do objectivo do segundo dia, Mina de São Domingos, onde chegamos por volta das 15.50.



Como já estava destinado fomos recebidos magnificamente no Campo de Futebol do São Domingos F.C. pelo Sr. Francisco, que fez as honras da casa, na vez do Sr. António Calhegas (com quem tive o prazer de contactar apenas telefonicamente, pois este nosso anfitrião encontrava-se ausente em Mértola), estes dois amigos puseram as instalações do clube à nossa disposição e ficamos deliciados com tão boa vontade, amabilidade e hospitalidade, um grande bem haja! a estes senhores que nos receberam de braços abertos, sem nunca nos terem visto ou sonhado que existisse-mos, cada vez menos existem pessoas assim (infelizmente).





Mas nós não fomos de mãos a abanar ... levamos moscatel e tortas da nossa região (estas não chegaram a ser entregues pois o gelo que as envolvia, derreteu, mais rapidamente que o esperado e ... adeus tortas morreram afogadas, em água e não em moscatel ... infelizmente), também foram entregues guias da região de Azeitão assim como galhardetes.

Senão, reparem bem que o Sr. António Calhegas, teve o cuidado de no dia 14, segunda-feira, me telefonar a perguntar se tudo tinha corrido bem e se estava tudo do nosso agrado, convidando-nos a regressar quando quisesse-mos ... eu, Fernando Oliveira, comprometo-me a regressar novamente a Mina de São Domingos, brevemente nem que seja só para abraçar este nosso amigo, e agradecer-lhe a sua amabilidade e disponibilidade (e para levar as tortas).

Ao jantar para variar ... chuva ... e a nossa sorte é que jantamos dentro de uma baliza com um plástico, que nos permitiu abrigo e uma forma inovadora de saborear o jantar.









Já me esqueçia !!! Houve presunto pata negra para a sobremesa.

Após a janta passeamos pela bonita localidade, passando pelo seu parque de merendas, praia fluvial e pelo seu caracteristico casario dos ex-trabalhadores da mina.










Depois fomos ao café-restaurante, S. Domingos, beber café e afins, e aproveitamos para ver um jogo do mundial 2010 na África do Sul, o Inglaterra-USA, que terminou empatado a um golo, constatando que por aquelas paragens ninguém gosta lá muito dos Ingleses ...vá lá saber-se porquê?
(ver história da localidade e da mina ... prometo que vale a pena ).





De regresso as instalações do campo de jogos Cross Brown, ainda houve tempo, antes de deitar  para umas partidas aos colegas que foram para o balneário do adversário, a seguir descanso dos ciclistas que o dia de amanhã de certeza que iria ser inesquecivel ... previa eu ...



Não percam o resumo do terceiro e último dia da nossa agitada aventura ... talvez para a semana se conseguir arranjar um tempinho para escrever.

*nota do editor* - o que se vê nestas duas últimas fotos ... dentro das luvas ... é shampo!