sábado, 31 de agosto de 2013

SUBIDAS MÍTICAS DO PNA (PARTE IV)

Desta vez, deixo nesta rubrica de subidas míticas, as cinco escaladas, que podem não ser consideradas dentro desses parâmetros, porem para nós, estão dentro do rol das que merecem lugar de destaque nesta lista, ou seja, as suplentes de luxo, as irmãs bastardas, ou mesmo as chatas da família, também por algumas serem extensas e difíceis de ascender, sejam evitadas pela grande maioria dos Betetistas, ou preferindo na maior parte dos casos o sentido inverso.
Aqui ficam as pretendentes ao titulo, ou as feitas ao contrário, ou como costumamos apelidar... À la CicloBeato!


ALCUBE / VALE BARRIS


 Situada em terras de Alcube, a caminho do vale dos Barris, iniciando-se junto à ponte que atravessa a ribeira de Alcube e prolongando-se por 1100 metros até à estrada do vale, no sitio das Oliveirinhas, é uma subida normalmente, utilizada no sentido contrário, a descer, porém ela está lá, e também têm o sentido inverso, muitas vezes utilizado pelo nosso grupo para regresso a casa evitando o já monótono e enfadonho regresso pelos Picheleiros. De facto não têm muito de mítico, mas como é muito utilizada, acho que merece constar nesta lista. Se por acaso têm outro nome ou arranjam outro melhor, por favor colaborem.

Não é uma subida de dificuldade elevada, pois não é muito inclinada, no entanto pode-se revelar maçadora para quem já vêm com muitos quilómetros de mato nas pernas, e regressa a casa. A "brita" que constantemente colocam a meio da via e perto das habitações, também pode prejudicar a ascensão, já que nesta zona se encontra o ponto de maior inclinação, porém nada que não se consiga fazer com alguma facilidade.
Indicada para principiantes, para testar o "endurance", após uma sessão divertida nas terras do vale de Alcube.

Estando incluída numa zona de rara beleza plástica, neste local razoavelmente protegido pela vegetação, não se vislumbram grandes motivos para contemplar a paisagem, já que é uma subida bem protegida pelas colinas sobranceiras e recheada de vegetação, logo deste modo não nos permite, ter uma grande percepção da sua beleza envolvente.

Como perigo, o facto de esta subida ser bastante utilizada no sentido descendente, faz dela, uma potência em acidentes, pois as probabilidades de um violento embate frontal são enormes. Vários grupos lançam-se pelo caminho abaixo com grande velocidade, e descem como se não houvesse transito no local... Às vezes... "Shit happens".

38°32'22.13"N

  8°57'42.31"O



CASAL DO VENTO GRANDE


Tal como a Jibóia, de que já falamos anteriormente (Subidas Mitícas do PNA Parte II), situa-se na Serra dos Gaiteiros, têm de extensão 1000 metros, tomando como ponto de inicio, a entrada junto à Arca de Água, e como final, o asfalto da via que vai para o antigo retransmissor da RTP, na Costa Velha.

O inicio desta subida é terrivelmente técnico, pois os primeiros metros são feitos literalmente em "cima do calhau", alguns bem afiados, que podem deitar por terra as pretensões a um dia agradável. Não sendo uma subida muito inclinada, têm diversos obstáculos pelo caminho, sendo o principal, o solo bastante irregular, com vários regos, provocados pelas águas da chuva, muitas pedras, pedrinhas e pedregulhos.
Outro dos obstáculos encontra-se na zona plana e intermédia da subida, no que poderia ser uma zona de descanso a meio da escalada, não o é... Pois existem geralmente dois enormes... Acho que já se podem considerar charcos. Que quanto não estão repletos de água, estão cheios de lama (salvo este Verão), obrigando-nos a contorna-los, por um "estreitissimo" trilho forjado pela mão humana, e através da apertada vegetação, onde a capacidade técnica têm necessariamente de emergir, senão vejamos... Chão desnivelado, pedras, lama e vegetação. De qualquer modo, de outra forma tinhámos de ir ao banho no charco... Pelo menos no Inverno.

Passando este obstáculo, onde poderíamos ter descansado um pouco, chegamos a uma zona onde o terreno é um pouco melhor, porém, e perto de uma passagem do Trilho do Sol (Downhill), o terreno volta ao normal (para esta subida, é claro!), e as dificuldades até ao final mantêm-se.
Dificuldades à parte, para mim é das mais belas subidas para se fazer, o visual sobre a cidade de Setúbal e a vegetação abrangente é qualquer coisa de muito boa, de observar, além de que, para os dias mais quentes existem a meio do trilho, várias protecções naturais, que ajudam o ciclista num local repleto de adversidades.

Sem dúvida, que aconselho esta ascensão, a utilizadores avançados. Para iniciantes, poderá tornar-se uma bela mas pesada caminhada, pois levar a bicicleta à mão também custa.
No entanto não posso deixar de aconselhar a passagem por este local, pelos motivos que anteriormente mencionei e mais alguns.

 38°32'37.82"N

  8°54'53.48"O



PORTELA (ASA DELTA)


Outra das subidas, apêndice, ou utilizada na maior parte das vezes como descida. Para o nosso grupo, é bastante utilizada a subir, geralmente como apêndice do "Caí-de-Costas", fazendo parte inclusive de uma das nossas rotas de eleição, e teste final à entrada no grupo, a já mítica "Dureza". (DUREZA)

Esta é das "curtas, mas grossas", pois só têm 480 metros de comprimento, começando na estrada de Vale de Barris, próximo do casal da Rainha e terminando junto ao sopé do moinho da Fonte de Sol.
Quase todos a conhecem por Asa Delta, nome com o qual ainda não lido muito bem, pois ainda não reconheci, razão ao seu significado. Para mim é a subida da Portela, já que fica precisamente situada, no local da Portela, local por onde as gentes vindas das Cabanas passavam, para os Vales de Barris e de Alcube, e vice-versa.

Não é uma subida técnica, muito pelo contrário, apenas o inicio pode ser ligeiramente complicado, quando existem regos de água, e o final um pouco mais inclinado, também a "brita" que ocasionalmente depositam na zona poderá ser um obstáculo, porém nada que impeça a subida montado na bicicleta.
Só para terem uma ideia do tipo de subida posso afirmar que nos 480 metros da sua composição, subimos em altitude, por volta de 50 metros, dos 130 aos 180 metros.

Este local é um dos que concentra num tão curto diâmetro, dois ou três dos melhores e mais conhecidos "spots" da nossa modalidade.
Boa para todos os níveis de BTT. Para os mais avançados recomendamos a continuação pelo "Caí-de-Costas". Para os "Dowhillers" a ida pelo "Fio-Dental". Para os de nível médio, a ida na direcção da Serra do Louro. Para os principiantes, a ida por entre a Serra de São Francisco e a Serra Longa, até à N10, nas Cabanas. E finalmente para os "loucos" como nós, CicloBeatos, a descida, pelo trilho das águas da chuva, junto à Fonte do Sol.

 38°32'44.69"N

  8°57'50.22"O



 ROMANA (RUA DA PORTELA - PALMELA)


Situada em Palmela, na rua da Portela, mesmo por de baixo do Castelo da vila, em terrenos do Bate Folha, e tal como a estrada da Cobra, faz a ligação desde a Baixa de Palmela, à vila altaneira.
São 1250 metros desde a Bezelga, na Baixa, e na estrada da Cobra, até ao sopé do Castelo, junto a um miradouro, por debaixo do jardim da esplanada.

O inicio na Bezelga, é bastante irregular com vários regos, provocados pela água da chuva, logo a seguir vêm as pedras, no que outrora seria uma estrada romana, e que na idade media e posteriormente, foi reconstruída, pois era certamente por aqui que se fariam os acessos ao Castelo, apesar de muito destruída as pedras que componham a estrada ainda são bem visíveis e palpáveis, e prejudicam bastante a escalada neste ponto inicial, e durante quase 400 metros. Não é ó Renato!? (Risos)
A partir do fim desta parte danificada da estrada, é uma subida relativamente fácil de realizar, apenas é necessária a atenção em não colocar a roda numa pedra ou outra fora do lugar.

Um dos vários motivos de interesse da subida para além das magnificas vistas sobre a Baixa e Vale de Barris, e a sempre imponente, presença do Castelo, é a estrutura metálica que se encontra no lado Nascente junto à encosta, no que certamente seria algo em que se aproveitaria as águas, que passam nessa zona, talvez um lavadouro.


Esta não é uma subida para principiantes, a não ser que a façam a pé, pois é bastante técnica, para estes aconselho primeiro a sua descida, mas com muita atenção na zona das pedras, estas podem tornar a vossa manhã ou tarde num pesadelo.
Se és amante da vida selvagem, por vezes, na parte final, a estrada encontra-se repleta de ovinos e caprinos, pois esta encosta é repleta de vegetação. Também para quem gosta de conhecer locais por prazer, como nós, vale a pena experimentar, não interessa o sentido, pelo menos o lavadouro vale a pena visitar.

 38°33'34.81"N

  8°53'56.78"O



GRELHAL / SERRA DE SÃO LUÍS


Esta subida já aqui foi referida, em SUBIDAS MÍTICAS PARTE II, a quando da referencia, à subida ao Posto de Vigia de São Luís da Serra, porém como estamos a falar de apêndices, vamos disseca-la mais ao pormenor.

Inicia-se no Grelhal, na N10, junto à antiga discoteca "Leo Taurus" (actualmente restaurante), os primeiros metros, são feitos em alcatrão (640 mt), um pouco mais inclinados a seguir à primeira curva, mas nada que não se faça sem grande dificuldade, até porque é asfalto, a estrada é larga, e dá para ziguezaguear e assim criar velocidade para a subir melhor. O perigo poderá ser algum ciclista em sentido contrário em grande velocidade e que venha em contra mão, na zona da curva.

Depois de se atingir a cancela junto à entrada da Quinta da Pena e à entrada do trilho dos Combros, o asfalto acaba e as facilidades também. A inclinação sobe de percentagem, os regos de água multiplicam-se e a brita geralmente abundante no local obrigam a um esforço sobre humano para levar de vencida esta, digamos segunda fase da subida.

Chega-se ao terreiro da antiga pedreira, e não se têm descanso, pois a percentagem de inclinação suaviza, mas só ligeiramente, e continua-se a subir, neste local a vista para Nascente e sobre a cidade de Setúbal é descomunal, entretanto passa-se o pinheiro manso e a inclinação vai suavizando generosamente, acabando pro dar tréguas ao corpo, o final da subida é quase em plano servindo para recompor a respiração, terminando junto ao cruzamento que pode levar ao cimo da Serra, no Posto de Vigia... Ou não!
Até aqui são 1570 metros, se continuarem para cima... São só mais 1560 metros.

Não é uma subida para "rookies", no entanto como têm vários acessos a ela, em altitudes diferentes, que tal, irem tentando por fases, de certeza que com treino chegam lá.

38°31'53.38"N

    8°55'2.74"O

domingo, 25 de agosto de 2013

TT "TRILHOS TROCADOS"

Para mim e para o Hipólito que nos deslocamos desde Almada, o dia começou com um pequeno atraso, o suficiente para a divisão do grupo no dia de hoje, todos sabemos que a hora de saída é pelas 7.15 de Vila Nogueira de Azeitão, e a essa hora os dois elementos de Azeitão, o Mário e o Renato, arrancaram para a volta "domingueira", julgando que nós não chegaríamos, neste dia, eu por continuar lesionado no braço e o Hipólito por estar de férias.

A divisão de Almada só chegou ao local pelas 7.20, e como eu, habitualmente não levo telemóvel para a volta, confiei no telemóvel do vizinho... Mas para azar o Hipólito trocou de telemóvel, e no que levava, não tinha o contacto do Renato... Mas pensamos sempre, que este, estaria sozinho à nossa espera, pois o Mário têm tido sessões sabáticas de "biceps de balcão" e certamente hoje também faltaria. Portanto nem era necessário telefonar ao individuo, para não o acordar.
Chegámos ao local e... Ninguém do grupo... Ficamos admirados, mas como não tinham existido contactos no dia anterior, pensamos que estávamos só os dois.

Na divisão de Azeitão, que arrancou à hora certa, o Mário ainda comentou, que esta semana ninguém entrou em contacto com ninguém, e achou estranho, porém como estamos sempre lá, todos à hora combinada, não se preocupou, e lá iniciaram o já afamado "Tour das Igrejas e Capelas", volta que serve para quando estamos fartos de todos os outros percursos e queremos algo mais leve, mas com algum interesse.
Por entre o visitar de tudo o que é edifício religioso na região, os rapazes dirigiram-se para o Alambre, onde rumaram na direcção da Serra de São Luís.

Entretanto no grupo de Almada, remetido à pesquisa de pequenos e novos trilhos, também, fez uma incursão no Alambre, pelo que os nossos caminhos não se cruzaram por muito pouco, pois segundo a hora de registo de duas fotos obtidas, por cada um dos grupos, perto do planalto do Alambre, a distancia entre ambas era de 5 minutos. Portanto foi uma razia. Já que ambos estivemos, no parque de merendas e atravessamos o ribeiro, neste local, e até houve como uma espécie de transmissão de pensamentos já que ambos os grupos constataram que este sitio, se encontrava num estado lastimoso, carregado de lixo, fruto da ignorância de quem o utiliza.

Enquanto o grupo de Azeitão continuava a sua profissão de fé, o de Almada, rumou ao concelho de Sesimbra e continuo a exploração de novas alternativas, junto à Venda Nova e a Charneca da Cotovia, regressando ao ponto de partida onde tiraram uma foto pelas 11.06, encerrando a volta. Os de Azeitão, tiraram a foto junto à Igreja de Vila Nogueira pelas 11.20 e de seguida encerraram também a sua peregrinação.

Caso para dizer que mesmo por trilhos trocados, quase nos cruzávamos, uns à espera que um milagre os fizesse reaver os dois companheiros perdidos, e os outros por caminhos nada, habituais, na esperança de encontrar os colegas extraviados.
De facto, os mistérios da mente humana são insondáveis.

Os de Azeitão, à espera dos de Almada...






Os de Almada, na chegada com foto comprovativa ... Pelas 11.06

Os de Azeitão na chegada, junto à última capelinha pelas 11.20

domingo, 18 de agosto de 2013

FISIOTERAPIA NA SERRA DA ACHADA


Hoje regressei ao convívio com os meus amigos, numa tentativa de verificar como está a decorrer a minha recuperação. De facto não está a ser célere como eu desejei, pois as dores ainda são algumas e o constrangimento dos músculos do antebraço ainda é intenso, só mesmo um "doidinho" como eu, para ir pedalar assim, nesta condição. Mas a vontade de estar com os meus companheiros de aventuras é enorme e nada... Ou quase nada... Me demove de o fazer.

Realizamos cerca de 30 km, com 362 metros de acumulado, num passeio em que fizemos asfalto até aos Casais da Serra, depois pelos Casais de Calhariz, fomos até à aldeia das Pedreiras, seguidamente fomos pelo trilho a sul, até à M585 (Estrada do Facho de Santana), e entramos no casal da Mina, tudo isto em terras da Serra da Achada.

O regresso foi feito pela Maça, depois o desvio da praxe na direcção do Alto das Vinhas, passando pela Charneca Grande, Jardia, e Quinta da Conceição, quando o meu antebraço já pedia o rápido regresso a Vila Nogueira, os meus dois marotos colegas, quiseram ensinar-me um caminho, e castigaram-me um pouquinho. Eu até os compreendo, pois na semana passada deixei-os sozinhos, por isso tive de pagar tributo... (Risos)
Levaram-me para o Vale Andeiro, e no Casal de Bolinhos fizemos a inversão de marcha, para utilizarmos o trilho privativo do HF, pela primeira vez a três... Será que se irá chamar a partir de hoje HFR !?

Em suma uma volta muito "Light", tal como o meu antebraço pedia, porém no final estava com grandes dores, pois o tendão esticou um pouco mais do que está habituado e o resultado foram mais algumas dores, de qualquer modo hoje ao escrever estas linhas penso que até me fez bem, já mexo melhor o braço e com a preciosa ajuda de gelo o inchaço já diminuiu bastante.
Portanto para a semana haverá mais... No sitio do costume à hora do costume.



quinta-feira, 15 de agosto de 2013

EXTRA! CICLOBEATOS NO JORNAL DE AZEITÃO


É com bastante agrado que constatamos a referencia feita ao nosso grupo de amigos, pelo Jornal de Azeitão, na edição do corrente mês de Agosto, na página de desporto, desta publicação mensal.

Não que busquemos os holofotes da fama, mas ficamos muito contentes e gratos, com a referencia ao nosso grupo de amigos, por parte de um meio de comunicação, e ainda mais sensibilizados, por ter sido o jornal de referencia da região, que nos acolhe e da qual tanto apreciamos, tentando sempre, contribuir para o seu desenvolvimento desportivo, cultural e social. Queremos expressar aqui o nosso agradecimento especial, ao Pedro Marquês de Sousa, pois é com muito orgulho e satisfação, que constatamos que existe "feedback" nas mensagens que divulgamos semanalmente.

domingo, 11 de agosto de 2013

VOLTA DOS SOLITÁRIOS

Os solitários do dia

Hoje só foram pedalar, o Hipólito e o Renato, eu fiquei em casa a recuperar da minha mais recente queda, onde fiquei com o antebraço na região do cotovelo, bastante inchado.
Ambos não estão habituados a pedalar sozinhos, mas como até conhecem uns quantos trilhos, lá foram eles à aventura, e não se perderam.
Em baixo fica registado com algumas fotos, o passeio deste dia, para a posteridade, agradeço desde já a gentileza ao Renato pela cedência das mesmas.
De salientar também a passagem pelo planalto do Alambre, e a constatação de que se prepara certamente a construção de uma "autoestrada" a atravessar estas terras, tal a largura dos recentes aceiros, que por ali proliferam... Enfim!...

Uma das visitas do dia deste duo, foi o trilho da falésia, com direito a video comprovativo da façanha de ambos, nestas paragens belas e perigosas.
Cortesia do Hipólito na captação e cedência das imagens, ciclista filmado: Renato Carvalho na falésia do Alambre.
Estes dois nossos amigos também regressaram ao trilho perto de Sesimbra o já célebre Achada/Meia Velha.
Para a semana já devo regressar ao convívio com os meus amigos, pelo menos para fazer o teste da melhoria... Ou não... Do meu antebraço esquerdo.


Arrábida no seu esplendor matinal.

"Autoestrada" no Alambre.

Vista de Sesimbra desde a Achada.

domingo, 4 de agosto de 2013

O TÚNEL DE ALVALADE


Primeiro Domingo de Agosto em 2013.
CicloBeatos em Lisboa, tal como já é de tradição, pelo quinto ano consecutivo, fomos até à capital de Portugal, para visitar algumas das imagens de marca da cidade, sempre a pedalar é claro... Pelo menos quase sempre!
Hoje apenas fizemos 37 km dos 40 km, previstos e com 353 metros de altimetria, pois a volta foi interrompida um pouco antes do final por motivos de força maior... Infelizmente para mim.


Este ano saímos todos da estação do Pragal, o Hipólito, o Fernando, o Mário, o Renato e o Pedro, começamos a nossa aventura pelas 7.00, pedalamos até à Trafaria de onde tomamos o cacilheiro rumo a Belém, mas não sem antes termos descido a radical descida desde as Costas de Cão até à Trafaria, no vídeo que se segue filmado pelo "Helmet Cam" com o Hipólito na realização, captamos o mais jovem CicloBeato de todos os tempos, o Pedro Jesus, filho do Mário, que não se fez rogado e desceu em alto ritmo o trilho.

Afinal não é só na Arrábida que "estupidamente" assinalam os trilhos com placas.



Chegamos à Trafaria, um pouco antes das 8.00, para a bonita viagem de cacilheiro, aproveitamos para tirar umas fotos e por a conversa em dia, e para constatarmos que estávamos todos bem bronzeados, como podem comprovar na foto de grupo em baixo.





"Bronzed Portugueses"

Um pouco depois da hora, lá saímos nós rumo a Lisboa, e como habitual as fotos da praxe a ambas as margens e ao interior da embarcação, de realçar a passagem sem paragem pelo Porto Brandão e a observação do Centro Champalimaud, inaugurado no dia 5 de Outubro de 2010.




Ao longe o Porto Brandão.

Centro Chapalimaud



Já com os pés bem assentes em terra, e a pedalar, rumamos ao monumento ao descobrimentos, o célebre Padrão, que também já faz parte da nossa tradição, com a passagem de alguns elementos de cariz mais afoito, por de baixo da sua "proa".



Padrão dos descobrimentos e habilidades...





Continuamos o nosso passeio em Belém, à espera da hora de abertura da casa dos pastéis, com passagens pela Torre de Belém, Monumento aos Combatentes do Ultramar,  Centro Cultural, Mosteiro dos Jerónimos, a seguir encaminhámos-nos então para o "mata bicho" tradicional, nos Pastéis de Belém.











Breve passagem pelo palácio de Belém, e regresso à estação fluvial, estava assim encerrada a nossa digressão em terras de Belém, iria começar a segunda fase do dia junto ao rio. Restaurantes das docas, doca da Rocha do Conde de Óbidos, Cais do Sodré, Terreiro do Paço, onde também temos o hábito de registar uma foto para a posteridade, no cais das colunas, desta vez transformado em albergue por alguns transeuntes.
A seguir, a tradicional passagem por uma rua que ostenta o nosso, sinal "amigo", e que nos indica que estamos no caminho certo.
Subida para a Sé de Lisboa sem direito a foto de grupo, e sempre a pedalar fomos até ao miradouro da Graça, onde se encontra o busto de Sophia de Mello Breyner e Andresen.
Seguimos desde o largo da Graça pela rua do Costa do Castelo, e entrando a pedalar pelas já nossas conhecidas vielas da Mouraria, atingimos o largo do Martim Moniz, sempre a descer e a pedalar, até pelo meio dos restaurantes, como habitualmente.


Pensão das colunas... E não cais das colunas!


Marca registada do grupo...



Brasão no largo da Graça

Panorâmica do miradouro da Graça...



Renato e Sophia... "What a pair!"

Rua celebrizada num filme português de 1943

O que não podia mesmo falhar neste tradicional passeio é o degustar da preciosa e muito apreciada, Ginjinha, no Largo de São Domingos, e o posar junto à bandeira nacional no topo Norte, do Parque Eduardo VII, este acto, claro está, depois da já mítica, ascensão da avenida da Liberdade, onde a interacção com os transeuntes é uma constante.

A tradição ainda é o que era...






Este ano também fomos ao Campo Pequeno, local em que demonstramos a nossa clara "aficion" e onde nos lembramos e sentimos saudades de alguns companheiros de pedaladas, vá lá saber-se porquê!?
Também a estrear foi a passagem pelo jardim do Campo Grande, na minha freguesia de nascimento, depois a primeira surpresa do dia, a ida ao estádio do Sporting Clube de Portugal , o Alvalade XXI, onde o contorna-mos indo pelo lado nascente...

OLÉ!...

Pelo jardim do Campo Grande

No Alvalade XXI



Dizem que o Bruma (jogador do Sporting), anda desaparecido!?... Nós encontra-mos!

Belo reflexo...



Logo a seguir a esta foto... Queda! :-(

Eis que houve uma alteração de trajecto. Fomos por um túnel a sul do recinto desportivo, eu e o Hipólito enganamo-nos no percurso e tivemos de fazer inversão de marcha, deixei os outros irem para a frente e sem desmontar preparei-me para tirar mais uma foto ao estádio do meu clube, entretanto a bicicleta em andamento numa ligeira rampa, que passava por debaixo do túnel, entra com a roda da frente num buraco, e eu não a consigo controlar, caindo fortemente e desamparado sobre o meu lado esquerdo, cabeça incluída (por favor usem sempre capacete).
Posso vos adiantar que a dor, foi tão forte no cotovelo esquerdo que quase desmaiei, tal as dores que sentia nesse braço, ainda tive de ir duas vezes ao chão sentar-me, para controlar as dores.
Entretanto o braço começou a inchar, e apesar de ter refrescado com água de um aspersor de jardim, não consegui atenuar o inchaço nem as dores. Telefonei para alguém me vir buscar a Lisboa e assim foi, tendo como ponto de encontro Sete Rios em frente ao Jardim Zoológico, dirigi-me para este local na companhia dos meus amigos mas a pé, pois era-me impossível apoiar o braço na bicicleta, já que as dores eram bastantes e dolorosas.
Assim que cheguei ao local de encontro fui evacuado rapidamente e dei entrada nas urgências do hospital Garcia da Horta, onde me tiraram radiografias a quase todo o corpo (risos).
Resultado... Afinal desta vez não parti nada, apenas tenho uma enorme contusão no antebraço esquerdo, e para além de me terem receitado antiinflamatórios e antibióticos, aconselharam-me repouso absoluto com o braço.


Peço desculpa aos meus amigos benfiquistas Hipólito e Renato, mas a queda não foi propositada para não ir à segunda surpresa do dia, o estádio do Sport Lisboa e Benfica, o Estádio da Luz.