A Mina do Lousal (ou Louzal) e a respectiva aldeia mineira
correspondem a um antigo couto mineiro, explorado desde o final do século XIX.
Localiza-se na freguesia de Azinheira dos Barros e São Mamede do Sádão,
concelho de Grândola, distrito de Setúbal, Portugal. A mina tinha ligação,
desde 1915, ao designado Ramal do Sado, actual Linha do Sul.
A mina de pirites fica situada no extremo noroeste da Faixa
Piritosa Ibérica da designada Zona Sul Portuguesa, onde se situam igualmente as
minas de Canal Caveira, Aljustrel, Neves Corvo e São Domingos e que se prolonga
em Espanha para além das minas de Rio Tinto.
Embora a região tenho sido povoada desde a Idade do Cobre,
como atestam os monumentos megalíticos e o Castelo Velho do Lousal, é no final
do século XIX que se inicia a moderna exploração da mina.
Durante a década de 1940 a aquisição das "Mines et
Industrie" e da "Minas da Caveira" por Antoine Velge, presidente
da SAPEC de Setúbal, empresa de fabricação de adubos químicos, conduz ao
incremento dos trabalhos mineiros.
É durante os anos 1950, sob a direcção de Frédéric Velge e
Günter Strauss que esta mina de pirite se vai tornar numa das mais modernas de
Portugal.
Com a crise da produção industrial de enxofre, nos anos
oitenta, as minas da faixa piritosa vão sucessivamente encerrando. Em 1988, foi
encerrada a extracção no Lousal.
Com o encerramento da mina a aldeia entra em decadência até
que, no início dos anos noventa, a Câmara Municipal de Grândola e a Fundação
Frédéric Velge iniciam um programa de revitalização do Lousal (RELOUSAL). O
programa tem por base a criação de uma nova espacialização territorial assente
no turismo cultural, com reforço da identidade mineira, destacando-se o Museu
Mineiro do Lousal e o Centro Ciência Viva do Lousal.
Pois foi meus amigos! Este domingo fomos para o Complexo
Mineiro do Lousal, conforme sugestão feita pelo nosso confrade Flávio,
descendente de antigos residentes e trabalhadores deste complexo mineiro, e
como é do vosso conhecimento, nós gostamos de nos deslocar a locais com alguma
história, portanto, aliando à nossa vontade de pedalar, juntamos o "útil
ao agradável" e lá fomos nós para o Lousal.
A nossa saída foi pelas 6.15 de Azeitão, contando na
comitiva com o Francisco Almeida (CicloBeato de apoio), o Hipólito, o Fernando,
o Mário, o Flávio e o Renato, tomamos o rumo do IC1, parando para o cafezinho
já próximo de Grândola, depois chegamos ao nosso destino, e por volta das 8.30 estávamos
a pedalar, de salientar neste início de volta, o frio que se fez sentir, e
a fazer-nos lembrar de que realmente estamos no Outono.
Ao fim de 5 quilómetros já não se notava frio algum, e à
medida que fomos completando quilómetros, já nem sequer nos lembrávamos daquele
áspero início de dia, pelo contrário, quando terminamos o passeio por volta das
12.30, já se fazia notar o típico calor do Alentejo, a única diferença é que certamente
estariam 30º centigrados em pleno Outubro, o que até deu para tomarmos um
banhinho de ablução, ao ar livre, num local destinado ao parqueamento e
abastecimento de auto caravanas.
Durante o passeio de hoje percorremos 60 km em 4.25 horas, o
acumulado de subidas foi de 426 metros, sendo que estivemos parados cerca de 25
minutos.
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Mata bicho perto de Grândola |
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Local de saída nas Minas do Lousal |
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Intervenientes prontos para começar a "loucura do dia-a-dia" |
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A nossa estranha obsessão por marcos geodésicos |
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Mais um para a colecção... |
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Rolling... |
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Na povoação de outeiro do Lobo junto ao chafariz |
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Barragem de Corona, perto da povoação de Abela |
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Brincando na ribeira de Corona |
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Andamos também varios quilometros em areia |
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Passagem sem guarda, numa linha já nossa conhecida... |
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... quando fizemos o passeio Azeitão/Algarve, na região de Bragada. |
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Pedalando junto ao canal |
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Alvalade do sado |
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Outro encontro... E não se esqueçam que os animais são nossos amigos |
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Linha do Sul |
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Curso de Água |
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Lado nascente da barragem do Lousal |
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Ponte da Barragem |
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Barragem do Lousal |
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Habitações das Minas do Lousal |
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Minas do Lousal |
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Local onde tomamos o fabuloso banhinho de ablução |
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Zona central do Lousal |
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Passeio Cicloturistco nas Minas do Lousal |
Não posso deixar de adicionar como nota final, que foi um
bom passeio, feito num percurso praticamente plano, ou contrário do Alentejo
que nós os CicloBeatos conhecemos... Este percurso é o ideal para desentorpecer
as pernas, já que rolamos numa boa média de 15 km/hora, essencialmente em terra
(fizemos 5 km em asfalto), também gostaria de repetir esta deslocação, talvez
no Inverno, pois tenho curiosidade de verificar, se não rolaríamos bastante
melhor num dia em que o solo se encontra-se um pouco molhado (não encharcado
nem enlameado), de qualquer modo é certamente um bom local para fugirmos à
rotina do duro "sobe e desce" da nossa região.
Para a semana seria o Flávio a desenhar a volta, mas na
impossibilidade deste nos acompanhar será o Renato a fazer as honras do passeio
domingueiro, quero também aqui voltar a deixar uma reflexão...
Os passeios escolhidos à vez, por cada um dos elementos do
CicloBeatos são para realizar dentro ou perto do Parque Natural da Arrábida,
todos os percursos idealizados para fora desta região serão consideradas,
voltas extra ou fora da região.
Outro dos pontos em que gostaria de voltar a tocar, é a
altimetria exagerada, e quilómetros em demasia, na escolha de volta pelos
membros do grupo, lembrem-se que ser razoável é meio caminho andado para o
sucesso do passeio e para a satisfação de todos os intervenientes... Como se
costuma dizer tudo o que é demais não presta! Portanto meus amigos sejam razoáveis
na escolha dos percursos... E volto a frisar... Dureza sim! Mas com jeitinho!...
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