domingo, 27 de novembro de 2011

AZEITÃO (A NOSSA TERRA)



Azeitão é uma região do concelho de Setúbal (e não uma localidade) que já foi município português em passado, hoje integrado no concelho de Setúbal. Formado pelas freguesias de São Lourenço e São Simão, mais conhecidas pelas designações de Vila Nogueira de Azeitão (São Lourenço) e Vila Fresca de Azeitão (São Simão).

As terras de Azeitão corporizadas por estas duas freguesias foram desde a fundação do Reino de Portugal parte integrante do Município de Sesimbra e reportadamente as mais ricas do respectivo termo. As aspirações à separação de Sesimbra e auto-determinação municipal são tão antigas como a sua própria história.

Se a convivência com Sesimbra foi sempre agreste e rancorosa (sendo por exemplo, "os habitantes de Azeitão obrigados a irem fazer a venda dos seus produtos a Sesimbra e a terem de lá ir fazer guarda"), há que salientar as dificuldades que a vila de Setúbal lhe criou em 1310, obrigando-a a vender aí os vinhos que produzia somente por via marítima, o que era muito dispendioso.

Em 12 de Março de 1366, D. Pedro I outorgou-lhe então uma Carta Régia de que vieram a beneficiar todos os habitantes da povoação, que assim passaram a dispor de um tribunal próprio e a ficarem isentos de muitas funcões que a sede do concelho até então lhes impunha. As determinações de D. Pedro levantariam, no entanto, alguns "queixumes da parte dos de Sesimbra"

A primeira batalha ganha traduz-se no aval dado em 19 de Julho de 1344 pelo Bispo de Lisboa à construção da Igreja de São Lourenço, base da Paróquia de Azeitão.

A História repete-se e, na época, tal como hoje, a sede de concelho opunha-se intransigentemente à emancipação de uma parte valiosa do seu município; segundo a resenha histórica da actual Junta de Freguesia de São Lourenço, as autoridades de Sesimbra estavam cientes de que “com a independência de Azeitão, Sesimbra morreria pouco a pouco”. Por isso, tentavam contrariar os privilégios autonomistas que os Reis concediam a Azeitão.

Inevitável embora tardiamente Azeitão consegue a sua municipalidade em 5 de Dezembro de 1759, embora durante alguns anos a sede estivesse colocada em Vila Fresca por motivos políticos, sendo só definitiva e justamente estabelecida em Vila Nogueira a 6 de Agosto de 1786.

O furor Liberalista que virou do avesso a tradicional organização municipal Portuguesa, extinguiria cegamente, ou por mera ignorância centralista, não só municípios inviáveis, mas também dezenas (senão mesmo centenas) de municípios que não lhes fossem totalmente sub servientes, incluindo importantes e fortes municipalidades anteriores à nacionalidade que ainda hoje se ressentem do prejuízo trazido pela excisão da municipalidade.

Azeitão também não escapou, e em 24 de Outubro de 1855, vê diluída no município de Setúbal a sua conquista que nem um século chegou a comemorar.

Tinha 1993 habitantes em 1801 e 2717 em 1849.

O facto de Azeitão ser integrado em Setúbal e não re-integrado em Sesimbra não é claro e poderá ou não ter paralelos com outras situações da mesma época. Refira-se o caso em que a população do Cercal do Alentejo, por vingança, só aceitou a extinção do município, se este fosse integrado noutro qualquer que não Odemira, por esta ter influenciado o governo centralista dos Liberais para que extinguisse o concelho Cercalense de modo a anexá-lo ao seu termo.

Na localidade de Vila Nogueira de Azeitão, há diversas quintas, algumas delas dedicadas à produção vinícula,queijos, e as famosas tortas e esses. Outras dessas Quintas são propriedade de pessoas abastadas ou de famosos que lá possuem casa, como o caso de Herman José ou o primo "afastado" do ex-presidente do Sporting Clube de Portugal Soares Franco (Domingos), entre outros.

Lista de localidades da região de Azeitão: Vila Nogueira de Azeitão; Vila Fresca de Azeitão; Brejos de Azeitão; Vendas de Azeitão; Aldeia de Irmãos; Oleiros; Castanhos; Aldeia Rica; Picheleiros; Casais da Serra; Portinho da Arrábida; Aldeia de Pinheiros; Aldeia da Piedade; Aldeia de S.Pedro; Aldeia da Portela; Pinhal de Negreiros; Alto das Necessidades

Em 2001,esta região contava com 13.085 habitantes.
2011 data do censo mais recente, esta região conta com 18.921 habitantes.


Neste magnifico dia de Outono, resolvemos passear pelo nosso "quintal", ou seja pela nossa região de Azeitão, fazendo um circuito de 38 km, passando por alguns locais emblemáticos da nossa zona, pródiga em excelentes "spots" para a pratica da nossa modalidade de eleição, pena foi  a falta de vários CicloBeatos, uns lesionados, infelizmente e outros, que andam na balda...


Tudo começou como habitual em Vila Nogueira de Azeitão, com arranque pelas 8.15, dirigi mo-nos ao Alto da Madalena, onde se registou a primeira sessão fotográfica do dia.








Infelizmente na nossa região, e no Parque Natural da Arrábida acontecem situações como as que podem ver nas 3 fotos em baixo, e agora perguntamos nós... Será melhor não deixar construir? Ou deixar este amontoado de betão a "embelezar" a paisagem?
Enfim... São pontos de Vista (€€€)








Tomamos depois a direcção do Casal de São Rafael, e fizemos um pequeno desvio para o Moinho da Torre, seguidamente entramos no Pocinho da Torre, no trilho que se encontra completamente limpo de silvas, e que há algum tempo atrás era de difícil passagem, onde fizemos mais uma sessão fotográfica.











Uma passagem fugaz pela Torre, onde às laranjeiras continuam carregadas de frutos, quase a convidar a quem por ali passa, a colhe-las, depois um pouco de asfalto, até bem perto do Alto do Vesugo, perto da falésia descemos para a N379-1 e seguidamente entramos num trilho que nos leva ao Alambre, de facto o que se avista neste local é de cortar o coração, após o incêndio, resta nos a consolação de que já se vislumbram muitos rebentos de plantas, ervas e arbustos, amostras de vida nova, naquela triste e desoladora paisagem.







Depois entramos no trilho do Chico das Saías, já com alguma "laminha" como é da praxe por esta época, porém nada demais, para os CicloBeatos, que já por ali passaram em muito piores condições, continuo a achar que após o alargamento deste "singletrack" a passagem neste local tornou-se muito melhor para os amantes do BTT, mais uma vez paramos no Pinheiro da Velha... Todos menos o Renato que ia com tanta pressa e nem nos ouvi ou gritar para parar, já na Quinta de São Caetano resolvemos subir um pouco pelo Facém, entrando no Alto das Rosas, onde nos cruzamos com dois simpáticos seres, que nos saudaram efusivamente, de seguida e não querendo amedontrar quem nos segue aqui no blogue... Subimos pelo Fim do Mundo.  















Nestas duas fotos que se seguem está um exemplo da boa camaradagem no BTT, com a saudação e registo fotográfico a outros colegas de emoções... Abraço e até breve amigos, e não deixem de nos acompanhar aqui no blogue.



E aí fomos nós pela sempre penosa subida do Fim do Mundo, a qual carecia de fotos aqui neste nosso espaço, porém hoje colmatamos esse lapso com várias fotos, em que são protagonistas vário Betetistas de outros grupos... Mas sempre em sentido contrário a nós... Somos mesmo doidinhos... Queremos é sofrer! O pior é que gostamos...






















Depois veio o Moinho do Cuco, e de seguida descemos para a Palhavã, contornamos a antiga rodoviária nacional, passamos por Vila Fresca de Azeitão, entramos por Castanhos, subimos pelo trilho das Goinias que passa pela vinha e nos leva até ao Cortiço.




























A partir deste local entramos em Terras da Califórnia, fizemos mais uma sessão de fotos, na falésia deste local e por ali andamos no campo de treinos do Núcleo de BTT de Vila Fresca, onde nos divertimos imenso, voltando a cruzar com mais um ser vivo nosso amigo, descemos pelo "singletrack" da Quinta Nova e atravessamos a N10 continuando pela estrada que divide as duas freguesias de Azeitão, a seguir ao extintos estaleiros do Ramos e Varela, entramos em terrenos nossos conhecidos mas nunca feitos de bicicleta, passando nas traseiras da Quinta da Bassaqueira (Internacional Vinhos), e pelo mato indo ao encontro da N10 para a atravessar nos 3 Castelos.






















Passamos pelo local onde se realiza no 1º domingo de cada mês o mercado de Azeitão, atravessamos a variante por cima da ponte num ritual que se vai tornado normal para todos os ciclistas da zona, já na zona de Casal de Bolinhos voltamos aos "singletracks" , acompanhando a variante por breves momentos e depois desviando, para a Quinta do Picão, e sempre em terra batida entramos nos Canais, onde e após a Quinta da Conceição, também em "singletrack" contornamos a vinha da Quinta de Catralves, passando junto à casa do "Special One"... Sim ele também têm uma casa na nossa região... E até o vamos convidar a pedalar connosco... Mas quem dá a táctica somos nós.


















Para finalizar a volta fomos até à Aldeia da Piedade, e descemos pelo pedregoso trilho do Porto de Cambas (Quinta da Fonte Santa), local que serviu para a última e demorada, sessão fotográfica, com direito a pés molhados e tudo... Não foi ó Mário e Hipólito? Hehehe... Este fotógrafo é mesmo maroto... Pena a maioria das fotos terem ficado desfocadas... A luz neste local não é abundante o que prejudicou e muito a minha tarefa de reporter fotográfico.
















Ainda houve tempo para passarmos pelo trilho da Aldeia de Irmãos, e pela aldeia de Oleiros, regressando de seguida à Rua José Augusto Coelho, e ao nosso ponto de partida junto à Casa das Tortas, após 38 km, com 752 metros de altimetria, para a semana haverá mais e com mais participantes assim o espero, de notar que quem nos quiser acompanhar não se acanhe, apesar de parecer que andamos por locais de difícil acesso e que subimos tudo o que se nos depara pela frente, nós sabemos receber os nossos convidados como ninguém e certamente lhes iremos proporcionar momentos de puro prazer... Além disso nós esperamos sempre por todos ao contrário de alguns grupos que sabemos que não esperam por ninguém, connosco vão... Connosco voltam! Pensem nisso e venham andar com os CicloBeatos.