segunda-feira, 29 de junho de 2009

AZEITÃO - ALGARVE

2ª ETAPA

Parque de Campismo de São Torpes (São Torpes) - Parque de Campismo Serrão (Aljezur)


Bem meus amigos cá vai o relato da 2ªetapa, tudo começou na noite do dia 19 sexta-feira pelas 21.00 quando o Tiago Godinho me telefonou a confirmar a sua presença na expedição, na manhã seguinte, confesso que fiquei surpreendido, nunca pensei que ele arranja-se um tempinho para pedalar com os amigos, mas o moço arranjou mesmo, quase nem dormiu depois de uma noite nas marchas populares, (mais vale chegar tarde do que nunca chegar) ganda Tiago.

Eram sensivelmente 6.00 da manhã quando arranca-mos de São Torpes já com o Tiago na comitiva e com um CicloBeato em má forma , O Miguel, que não se preparou convenientemente para a nossa aventura, teve de férias em New-York o maroto, acusou o cansaço e os kilometros do dia anterior (100km), como a etapa deste dia era composta por 92 km essencialmente em terra batida, estradões e single-tracks nas falésias, achamos por bem alterar um pouco a etapa de modo a proporcionar uma etapa muito mais confortável para o Miguel (e para nós também), resolve-mos fazer mais estrada e menos falésias, decisão sábia, já veremos mais á frente.

E ai fomos nós estrada fora até Porto Covo, onde paramos para alguns CicloBeatos tomarem o Mata-Bicho, após alguns minutos de paragem regressamos a estrada e pusemo-nos a rolar na direcção Vila Nova de Milfontes, e já com 27 km nas perninhas fizemos uma paragem na ponte sobre o rio Mira, para retemperar as forças e comer umas barritas, o dia ia ser longo e o calor estava a fazer-se sentir mais do que no primeiro dia ...haha ...já me esquecia também telefona-mos para o Besugo para comprar umas mines pró almoço, ou prá chegada, o dia estava quente e a garganta sequinha...

Depois retoma-mos a marcha numa boa média e calminha de 24 km/hora sempre em alcatrão (infelizmente) até ao cruzamento de Cavaleiro, ai apanha-mos uma sombrinha e divertimos-nos um bocadinho assim como alivia-mos as azeitonas mudando-lhes a água.

Seguidamente chegamos a aldeia de Cavaleiro, procura-mos um mini-mercado onde compra-mos fruta e Red Bull para alguns, o escolhido foi um estabelecimento numa praçinha onde existe uma árvore muito peculiar, como podem constatar nas fotos.

Farnel no bolso e vai de pedalar até ao Farol do Cabo Sardão, onde tiramos umas fotos maravilhosas, pena a presença de alguns emplastros a estragar a paisagem.

Nesta zona pedalamos junto às falésias durante vários kilometros cumprindo o plano traçado, depois do Posto Fiscal do Sardão entramos numa ciclo via até a Zambujeira do Mar.

Chegados à Zambujeira dirijimo-nos ao miradouro sobre a praia onde tira-mos belas fotografias aos CicloBeatos e a fauna local, seguidamente arranja-mos águas fresquinhas e retoma-mos caminho fazendo duas subidas ingratas como a mer.... pois o piso nem era terra nem alcatrão e agarrava as rodas ao chão como o catano...

A seguir ao Carvalhal da Rocha o engano da praxe segui-mos o track GPS mas era só areia com uma vala de ...erda pelo meio, voltamos para trás e resolvemos retomar a estrada já que estava muito calor para andar-mos pela areia e porque a fadiga começava a apertar, e assim foi, fomos direitos ao Brejão para apanhar a estrada nacional de Odeceixe.

Após meia dúzia de kilometros Odeceixe e um desafio final a grande subida paralela à vila, que foi feita por alguns CicloBeatos como se não houvesse amanhã (ha Leões, vê-se mesmo que andam na Arrábida).
Ao chegar-mos ao topo tivemos de parar pois o Miguel estava maltratado apesar de ter sido bem defendido na subida por dois Ciclobeatos a trabalhar para ele (excelente sentido de entreajuda).

Pensando já estar tudo bem com o Miguel, resolvemos seguir em formação com o Miguel em segundo ou terceiro a aproveitar o cone de ar para se ir poupando, e caso se sentisse a quebrar aleviava o ritmo, erro crasso andamos durante vários kilometros na casa dos 30km/hora arrebentando o pobre Miguel por completo, que não quis abrandar o rendimento e vindo a desfalecer quase por completo a dois kilometros do objectivo, foi necessário ingestão de açucares e tudo, lá segui-mos os restantes dois kilometros até ao Parque Serrão chegando por volta das 13.36 após 88 km e demorando 7.48 horas.

Para animar as hostes a casa de banho dos homens não tinha água quente, então banhinho de água fresquinha para enrijar o pessoal, a seguir o fabuloso repasto aguardado à 24 horas e bem regado com o tinto da Quinta da Califórnia.

Após o almoço alguns encontros imediatos do 3º Grau, e descanso de alguns guerreiros.


À noite resolvemos ir jantar ao restaurante do parque e salvo alguns bagos de arroz ...na asa... tudo correu bem, mas as carinhas eram de sono e cansaço, também se resolveu que era melhor o Miguel não continuar visto não se encontrar nas melhores condições, e esta aventura era para ser recordada pelas coisas boas que aconteceram e não por algo de mal que pudesse por em risco a integridade física de algum atleta (preservar a saúde dos CicloBeatos é uma máxima a cumprir, o que seria de um CicloBeato sem outro Ciclobeato? .... ora ai está!). o próprio Miguel foi bastante sensato acatando o conselho dos seus amigos ... já o Fernando Oliveira"O Nando" prometeu comer mais arroz mas ...com cuidado.

Proximamente ou muito próximo, se preferirem, tere-mos o final da nossa aventura, aqui publicado, não percam! Fiquem a saber o que se passou no dia dos final mentes ....

domingo, 28 de junho de 2009

FALECEU "O FACAS"


É com imenso pesar que vós comunico o falecimento do nosso AMIGO e padrinho dos CicloBeatos, Luís Pedro mais conhecido pelo "Facas", vitima de problemas cardíacos deu entrada no hospital no dia 26, onde viria a falecer no dia 27 de Junho.
"Facas" estarás para sempre em nossos pensamentos e corações e para onde quer que tenhas ido de certeza que todos os que estão a tua volta se irão sentir bem, pois a tua boa disposição e amizade foi sempre o teu lema de vida e de certeza serás sempre recordado com saudade por todos nós... até sempre CicloBeato.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Parte II

Chegados ao Casão nos arrozais do Carvalhal, paramos para meter e vazar águas, claro que também fomos a um café para nós abastecer ...de águas, claro estavam a pensar em que? Com cerca de 60 km para fazer.


Depois do abastecimento fizemo-nos a estrada rumo a Melides com passagem por um lugar onde ninguém queria estar, o estabelecimento prisional do Pinheiro da Cruz, tal era a sensação de liberdade que se vivia no grupo.



Passagem pelo cruzamento da Aberta Nova e como podem ver a moral era alta, infelizmente esta etapa teve muito alcatrão que não sendo a nossa especialidade nos soube tão bem...

Fomos sempre a rolar em asfalto até à entrada de Melides onde nos desviamos para a terra batida em direcção a moinho do Vau, atravessando o inicio da lagoa e seguidamente uma mata com alguma areia mas superável, que nos conduzio até a Aldeia de Brescos, aqui tive-mos um pequeno lapso GP "ésico" e fomos conduzidos por um pequeno terreno de muita areia, mas com o bom sentido de orientação que nós é conhecido lá regressamos à estrada e lá fomos nós até ao IC4 rumo a Santo André.

Nas bombas de gasolina de Santo André, fizemos a 2ª paragem para abastecimento de água e comer uns geladinhos que diga-se de passagem souberam a ginjas, o sentimento do pessoal era de etapa quase concluída, mal se sabia que ainda iria-mos ter uma pequena surpresa.

IC4 fora fomos até completar-mos 80 km, ai viramos para Este, por terra batida e alguma areia , atravessando o IP8, chegando perto de Bragada, ai vou confessar agora :-) enganei-me a traçar o percurso no Goole Earth e não reparei que era caminho de ferro, mas não me desmanchei para não baixar a moral do grupo, andamos cerca de 1 km na linha férrea, os primeiros metros a pé mas depois com nótavel espírito de adaptação ao meio, montamos as nossas montadas tal como Alexandre fez para conquistar grande parte da Ásia e ai fomos nós no caminho de ferro , digno de filme Hollywoodesco, ninguém pára os CicloBeatos era o sentimento, mesmo quando tivemos de pular uma cerca e subir um morro para regressar à estrada, o Miguel que o diga pois estava quase a cair e negou qualquer espécie de ajuda tal e qual forcado sozinho na arena .... COJONES HOMBRE.



Depois de voltarmos ao alcatrão, por pouco tempo pois tomamos o caminho do Bairro da Provenca Velha que era de terra batida com uma subidinha de alguns (poucos) metros só para não dizer-mos que a etapa era plana, a pressa de chegar era tanta que perto do fim nos voltamos a enganar e logo num acesso a estrada que liga São Torpes a Porto Covo fizemos mais 2 km, mas estávamos todos "fresquinhos", depois de 100km eram 13.12 h quando chegamos ao pé do nosso amigo Besugo que nós esperava pacientemente após ter tido o trabalho de montar o acampamento todo (ainda por cima houve uns tipos que lhe disseram que tinha posto a tenda ao sol) :-).

As partes ditas de descanso recuso-me a comentar ...até porque não me lembro de absolutamente nada.
Apenas mais uma coisinha que por acaso até me estou a lembrar, durante o almoço...
que belo almoço ... um moço local apareceu a fazer um pó do catano com um tractor a arrancar mato, nós convida mo-lo logo a partilhar o nosso repasto para ver se o rapazito parava com o pózito, eis quando para nosso espanto o moço agradeceu amavelmente, e desejou-nos num memorável dialecto franco-alentejano uma boa estadia no parque de campismo de "SÃO TORPEZ".
Gargalhada Geral ... até a carrinha se riu ...
dixit