domingo, 16 de março de 2014

ESPANTA ESPIRITOS OU ESPALHA BRASAS!?


Espanta-espíritos, sinos de vento, sinos da felicidade, mensageiro do vento ou carrilhão de vento é um objecto normalmente constituído por tubos de metal ou bambu suspensos por fios, que produz som através da acção do vento.

Há algum tempo, compreendi verdadeiramente a origem deste nome; os espanta-espíritos têm a capacidade de os espantar. Os espíritos, sim.
Ou pelo menos de avisar-nos da sua presença, com suaves inexplicáveis tilintares, quando não existem correntes de ar ou ninguém passar.

Os espanta-espíritos ou se preferirem, os sinos de vento servem para trazer harmonia, protecção e alegria. As vibrações que o som produz viajem pela casa e produzem um efeito curativo nas energias estagnadas e menos boas.
As suas agradáveis melodias ditadas pelo acaso, trazem-nos calma e bem-estar.

Significado de Espalha-brasas

adj. Brasil. Que faz muito barulho e/ou bagunça; espalhafatoso.
s.m. e s.f. Pessoa que é espalhafatosa e bagunceira.
(Etm. espalha + brasa/s/)

Sinónimo de espalha-brasas: bagunceiro, espalhafatoso e ruidoso
Definição de Espalha-brasas

Classe gramatical: adjectivo de dois géneros de dois números e substantivo de dois géneros de dois números
Separação das sílabas: es-pa-lha-bra-sas

Pois bem caros e assíduos leitores, devem estar a perguntar-se qual o motivo de tanta explicação técnica sobre os dois adjectivos anteriores... Sim dois adjectivos, já que se aplicam ao nosso passeio de hoje e para ser mais exacto a um dos participantes na aventura do dia. Mas já lá iremos.

Inicialmente em Vila Nogueira voltámos a comparecer, nove elementos, tal como na semana passada, porém e a seguir à subida ao Alto da Madalena e perto do Alto das Rosas, ficamos sem dois elementos, o Brás e o David. O inicio por nós imposto foi, muito forte para quem esteve parado, algum tempo, e nós sem nos aperceber-mos. Pois o Brás, acompanhou-nos no limite das suas possibilidades. Sem nos avisar do seu estado. Quando chegou ao cimo desse alto achou por bem, não nos acompanhar e realizar uma volta mais suave, ajustada à sua condição física actual. O David que é seu filho acompanhou-o.
A partir daqui seguiram os restantes, sete CicloBeatos, num grupo composto, pelo João, o Hipólito, o Machado, o Fernando, o Mário, o Flávio e o Renato.

Em primeiro lugar quero pedir desculpa, publicamente ao Brás, pois elaborei uma volta adequada ao nosso treino em relação ao desafio que nos vai ser proposto em Junho. No entanto contava dar algumas dicas na maneira em evitar alguns obstáculos, do dia de hoje, e até por esse motivo elaborei dois percursos quase similares, deixando o plano B, o que evitava algumas inclinações abruptas para o Brás, dando-lhe alternativas um pouco mais acessíveis.

Já na estrada dos Picheleiros... E sem o Brás... Lá fomos nos pela Louriceira ou Amorena, atravessamos pelo dificílimo trilho do Caramual. Depois já no alto descemos pelo trilho Maravilha (finalmente sem tabuleta identificativa), que se encontra bem mais largo que outrora, pois alguém aparou os galhos dos arbustos que teimosamente queria tapar este maravilhoso trilho. Obrigado e um grande Bem-Haja a quem realizou este trabalho, está tudo muito bem aparado e não houve exageros (tenho a certeza, que as entidades oficiais não fariam melhor).

A seguir o momento do, Cá se faz... Cá se paga! Com o João a cair na Ribeira da Ajuda, onde já outros caíram (risos) e o Flávio, na ânsia de ver o companheiro caído e gozar um pouco, também se juntou a ele no infortúnio... No que se pode chamar, uma "Wet Queda" 2 em 1. Gargalhada geral!



Ainda por cima não tinham nada de ir para a ribeira, pois o caminho era para a Comenda acompanhando a margem desta. E foi o que fizemos pelo Almelão de Baixo até à Várzea da Comenda. Aqui desviamos na direcção do Alto do Nico, indo pela Quinta do Viso Pequeno e descendo a Tartaruguinha. Pelo trilho do Forreta atingimos a N10 e subimos à Capela de São Luís da Serra.

No local da Meia-Volta, fizemos o abastecimento, na Capela, e foi onde tivemos um dos momentos hilariantes do dia e que dá titulo à nossa crónica de hoje.
Fomos abordados por uma senhora que saiu de um grupo de quatro, que por ali passeavam e que nos questionou sobre se existiam muitas praticantes de BTT do género feminino. No entanto o individuo poliglota do nosso grupo, resolveu meter o cérebro em modo "Stand By" e deu uma resposta daquelas que só ele sabe dar nestes momentos, afugentando a curiosa senhora que se retirou, pé ante pé, de marcha atrás, não sem antes engolir a pergunta que realizou juntamente com alguma saliva... De facto o momento não deixou de ser caricato, no entanto a senhora de certeza que ficou com uma impressão errada do grupo. De facto o individuo, não o vez por mal e nós que o conhecemos muito bem, sabemos que lá no fundo, ele até é um doce de moço... Só que... Enfim! Decidam vocês... Espanta-espíritos ou Espalha Brasas!?
Quem é o moço!? Perguntam vocês!? Venham pedalar com os CicloBeatos e depois de o conhecerem bem dêem a vossa apreciação, de certeza que o identificam logo.




Da capela fomos pelo trilho, até ao Rego de Água, onde por acaso voltamos a encontrar o Brás e o David, que a partir daqui se juntaram a nós para finalizar a volta. Descemos pelo empedrado trilho, até perto da fonte, fomos por um dos "Kamikazes" e invertemos a marcha para dentro das serras de Alcube, onde voltamos a pedalar nos lindos trilhos da zona, que em dias soalheiros dá um tónico extra a qualquer praticante de BTT com os seus sinuosos e frescos trilhos.
Após alguns minutos neste recreio de Alcube, seguimos pela estrada paralela à ribeira, vulgarmente conhecida pelo grupo como, o frigorífico. Onde pedalamos durante alguns quilómetros a subir até à estrada do Vale de Barris. Depois veio a subida da Portela (Asa Delta), evitamos o Caí-de-Costas, ladeado a Serra Longa e passando perto da Sra. Das Barotas, pelo trilho da Quinta da Torre.
Chegamos então a São Gonçalo, onde despedimos-nos do João e do Flávio. A partir daqui foi sempre a rolar por terrenos planos, passando pela Salmoura e pelas Galeotas, onde o Mário e o Machado abandonaram o grupo. Continuamos com o objectivo, de passar pelo trilho da Bassaqueira, no entanto as oliveiras da zona, foram podadas e era difícil passar nesse local, fomos para a N10, em Vila Fresca, onde disse-mos adeus ao Renato e seguimos para Vila Nogueira onde viríamos a acabar a volta de hoje, eu (Fernando), o Hipólito, o Brás e o David pelas 12.05, com 854 metros de acumulado em subidas, em 36 km.

Para a semana haverá mais, prometo um inicio mais suave. O que não posso prometer é espanta-espíritos ou espalha brasas.





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