domingo, 29 de maio de 2011

APENAS DOIS... NO EXPRESSO DO CABO


Hoje só compareceram dois CicloBeatos no local de concentração, algo estranho quando estamos a apenas dez (10) dias do arranque da nossa travessia do "deserto" algarvio, espero que tenham treinado de outras maneiras...

Eu tenho pena de ainda não poder treinar... Mas quanto à minha vontade e impossibilidade estamos conversados, em relação aos que não têm treinado, eu sei que anseiam pela minha companhia na carrinha da expedição... Mas cuidado! Talvez não me acompanhem na viatura, se calhar a melhor forma de me terem por perto é mesmo a pedalar e a estarem bem preparados... Não apanhem a "vergonha" de um "maneta" fazer o que vocês sem mazela nenhuma, não irão realizar... A ver vamos! Agora deixo-vos novamente bem entregues ao relato do Mário:


"Pois é! Meus amigos, o título de hoje só podia ser este já que os dois CicloBeatos que compareceram á chamada, Hipólito e Mário, fizeram a ligação de Vila Nogueira de Azeitão/Cabo Espichel /Vila Nogueira numa média digna de um expresso!

Para ajudar á festa rolámos cerca de metade do percurso em alcatrão, piso que estes dois CicloBeatos só fazem quando estritamente necessário e sempre com a urgência de chegar á terra batida o quanto antes, assim depois da tolerância concedida, e de dois telefonemas para CicloBeatos que pensei ser certo que nos iriam acompanhar, arrancámos direitos a Sesimbra para fazer a subida do Farol do Forte do Cavalo, tinha ficado prometido no domingo passado aquando nos desviámos da rota programada e avistamos a subida lá ao fundo.

Os CicloBeatos!... Sim no plural! Afinal éramos dois

Direitos a Sesimbra pela E.N. 379 e depois da subida do Alto das Vinhas, já o Hipólito dizia que a andar daquela forma não fazíamos a dita subida, tal era o ritmo imposto pelo duo, chegámos a Santana e optámos por descer a Sesimbra pelo caminho que passa pelo lugar da Assenta, e descer á praia do Ouro para tirar a foto de grupo, complicado foi para cabermos todos na foto…






Daqui seguimos pela marginal até ao Clube Naval de Sesimbra para atacar então a famosa subida do Farol do Forte do Cavalo. Já conhecia esta subida aquando da volta de 100 km, para prepararmos o passeio de 2010 mas apenas uma parte, cerca de 2/3 no seu final, sem dúvida que faz parte daquele grupo restrito das boas subidas que conhecemos no parque natural da Arrábida, pela sua inclinação e percurso longo, mas como podem ver pelas fotos vale a pena o esforço que a paisagem é deslumbrante.










Com o azul do mar sempre presente fizemos a subida até às pedreiras do Zambujal onde voltámos á esquerda para o Cabo Espichel pela EN 379. De volta ao alcatrão e depois de passarmos a aldeia do Zambujal entrámos pela terra batida á esquerda, no início da recta do Facho da Azóia, aqui chegados fomos sempre a abrir, direitos ao Farol do Cabo Espichel, passando pela aldeia da Azóia, para finalmente fazermos a habitual paragem no Cabo para abastecer o organismo com as barritas.

A ideia era fazer o caminho que está mais junto á falésia mas depois de duas tentativas com chegada a um caminho muito perigoso a descer, somos bravos mas não estúpidos, e a um “largo” no meio da serra com saída para nenhures, optámos por circular pelo estradão de terra batida que vai acabar no Santuário do Cabo.

Descida quase impossivel, mas o caminho era por aqui Hipólito!


Não Hipólito o caminho não era por aqui!... Era mais a "Este"... Mas também já descemos este de bicicleta (nota do editor)





Devido ao avançar da hora e porque o Hipólito tinha compromissos regressámos pela EN 379 até Santana, onde virámos á direita para a Aldeia das Pedreiras e seguimos pelo estradão de Calhariz até aos Casais da Serra, claro que tirámos uma foto no local onde eu e o Hipólito passamos religiosamente cada vez que fazemos o estradão de Calhariz, cada maluco sua pancada!





Ao chegar aos Casais da Serra voltámos á esquerda e para variar porque entrámos no alcatrão sempre a abrir até Vila Nogueira de Azeitão, chegados ao ponto de partida, ou de partidas dos CicloBeatos como preferirem, encontrámos dois CicloBeatos (que andam tresmalhados), o Simão e o Miguel. O Hipólito estava em cima da hora e arrancou para casa mas eu fiz questão de cumprir o ritual com dois amigos que apesar de estarem afastados do grupo, serão sempre bem-vindos. Aqui aplica-se uma frase escrita pelo editor deste blogue numa mensagem de 2009 mas que está bem actual.

“Enquanto houver um CicloBeato com espírito de CicloBeato, o nosso ¨grupo¨ nunca acabará... Apesar de birras, arrufos, desaguisados, ideias contrárias, e ciumeiras patetas, os CicloBeatos existirão para sempre e para tal basta apenas existir um de nós com o espírito dos CicloBeatos.” Dixit

Mário e os CicloBeatos "tresmalhados"

Um bom treino com 64 km percorridos a uma média de 17,4 km/h, em pouco mais de 3h30m e com um acumulado de 680 mt. No próximo domingo faremos uma volta mais “Light” com vista a que todos estejam operacionais para a Via Algarviana, máquinas e homens aptos para a grande aventura que aí vêm."

Para a próxima semana vou desenhar a volta "Light", até porque faço intenção de participar nela, vou verificar como está a minha anatomia em conjunto com a bicicleta, até porque troquei de montada, regressando ao quadro "MERIDA", que tantas alegrias me proporcionou ao longo de quatro anos, mas o problema maior é mesmo o úmero, que passados 35 dias do acidente, ainda não está recuperado totalmente... Bem para a semana veremos... Até à "Light".


2 comentários:

  1. Bom relato Mário. Com fotografias a condizer, não há dúvida que vale a pena uma aventura assim.

    Aquela do... "e descer à praia do Ouro para tirar a foto de grupo, complicado foi para cabermos todos na foto", está de 'morte'.

    :)

    Complicações há sempre nos grupos, seja no correr seja no pedalar, e muitas vezes difíceis de resolver (cada cabeça sua sentença) há é que saber ultrapassar isso. A memória do Luis Pedro merece isso.

    Abraços!

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  2. Olá Mário

    De facto o Mário têm-se portado muito bem nos relatos, mantendo-se fiel ao que o grupo e o blogue pretende, relatar fielmente as situações vividas, com objectividade e sempre com espírito critico e acima de tudo construtivo, quer alertando para os problemas do grupo, quer do universo que nos rodeia.

    Acima do respeito à memória do nosso amigo "Facas"... Está o respeito por nós mesmos e por tudo o que nós rodeia... "E a vida continua... portanto o grupo têm de continuar a avançar não importa com quem... têm é de avançar"

    Mais uma vez fiquei muito contente com o seu comentário... Fica sempre bem a apreciação de um "bloguista" experiente.

    Abraço e até breve

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