domingo, 30 de janeiro de 2011

TERRAS DO RISCO E ALAMBRE

O Trio de hoje, o Fernando, o Flávio e o Mário

TERRAS DO RISCO


Diz a lenda que foi neste Vale do Risco que D.Afonso Henriques terá "arriscado" a divisão das suas tropas criando assim uma armadilha mortal para as tropas mouras sediadas no Castelo de Sesimbra. Por outro lado a presença da linha de horizonte da mais alta falésia sobre o mar no continente português apresenta-se como um "risco" perfeito no horizonte. Qual será a razão de tal nome? Podemos não ter resposta, neste percurso por uma zona misteriosa, inexplorada e com tesouros e visões únicas, acedendo a varandas debruçadas sobre o mar e percorrendo velhos caminhos usados por contrabandistas, escaladores e durante muito tempo local de treino dos militares portugueses que partiam para a guerra no ultramar.

PARQUE AMBIENTAL DO ALAMBRE


Situado no Parque Natural da Arrábida, o Parque Ambiental do Alambre integra uma área florestal de aproximadamente 32 hectares, bem como um conjunto de instalações pré-fabricadas em madeira com 19 construções agrupadas em 7 módulos (instalações sanitárias, módulo principal, 4 com 2 T1 cada e um para lavandaria), respectivas infra-estruturas e ainda o módulo "casa do guarda". Oferece ao público várias actividades, desde campos de férias, cursos e oficinas, programas educativos orientados para as Ciências da Natureza, turismo de Natureza, programa direccionado para o desenvolvimento pessoal e social, sendo também um local onde se podem realizar eventos vários, como reuniões de trabalho ou até festas de aniversário em convívio com a Natureza.

O PASSEIO DE HOJE


O Passeio de hoje começou com uma pequena surpresa, que foi o facto de termos tomado, o rumo de norte, saindo da Praça da República em Vila Nogueira de Azeitão, facto muito raro, aos que habitualmente pedalam pela Arrábida, e foi assim que nos dirigimos para os Brejos de Azeitão, e indo para a zona da Quinta do Picão, aqui outra surpresa e novidade para dois dos CicloBeatos... desculpem mas esta não vou revelar... a propriedade é privada e gostaríamos de lá passar muitas mais vezes pois o trilho apesar de um pouco arenoso, é espectacular.





Depois de passarmos pela Quinta de Catralves e pela Quinta do "Special One", atravessamos a N379 na direcção da Aldeia da Piedade, passando pela Aldeia da Portela, e desta feita não parando no já celebre fontanário, que no Verão é paragem certa.

Fomos então dar à estrada dos Casais de Calhariz, que nos levou até à Aldeia das Pedreiras, onde fizemos uma breve pausa, e seguidamente entramos no espectacular trilho que atravessa as Pedreiras do Risco e nos conduz pelas, Terras do Risco.





Depois de andarmos algum tempo nas Terras do Risco, e pelos sempre alucinantes caminhos e singletracks, resolvemos desta feita descer até a Quinta do Desembargador, pelo alucinante trilho a descer, e repleto de escorregadias pedras, sempre prontas a pregar-nos alguma partida, não conseguindo porém desta feita.





Após o respectivo salto de muro, perto da Casa do Desembargador, atravessamos a estrada nos Casais da Serra na direcção do Alambre, onde após termos ido espreitar o Pico do Formosinho, perto do Chico Saías, entramos junto à vedação do Parque de Campismo, pelo inclinado e comprido trilho que nos leva até à clareira dos escuteiros, hoje neste local existia uma prova de orientação em que se recorria à fotografia, e claro com ajuda da "MountaiBike", o pessoal participante era aos magotes e cruzamos-nos várias vezes, com vários concorrentes, que pareciam andar perdidos por estes lados... se calhar precisam de um "(G)ualter (P)ereira da (S)ilva".

Após um bom treino de sobe e desce no planalto do Alambre, em que até tivemos direito ao já tradicional banho de lama, ainda acabamos a subir e bem, até bem perto do alto do Vesugo, voltando novamente a descer por um caminho muito rápido, e em que o final é composto por pedras que mais parecem degraus, para de seguida entrarmos num caminho já bem nosso conhecido, até à capelinha da Aldeia de Irmãos, a seguir fomos até ao "Rossio" e acabamos a nossa volta de hoje, com perto de 40 km, e 600 metros de acumulado, no tempo total de 4 horas.

5 comentários:

  1. Boas!

    Não sabia que o "Special One" tinha uma quinta para esses lados!

    Por "falar" em caminhos privados... Por acaso têm entrado nos trilhos da Quinta do Alto da Madalena? Pergunto-vos isto porque na ultima vez que lá passámos (+/- 2 anos) estavam lá a construir uma(s) vivenda(s) e a partir dessa data optámos por não mais lá voltar. Mas recentemente vimos um grupo grande de bttistas a entrar e fiquei com a "pulga atrás da orelha"... Será que as obras pararam e ainda não mora lá ninguém? Sabem-me dizer alguma coisa?

    Abraço,
    Carlos

    ResponderEliminar
  2. Olá Carlos

    Como sabes os locais maravilhosos, por este parque são inúmeros... e claro que o "Special One" como é um homem atento... comprou por aqui uma quinta.

    Neste momento estou a escrever em relação aos locais privados, com um ligeiro sorriso nos lábios... gostaria de te falar sobre esse local no alto da Madalena... mas penso que este não seja o local ideal para falarmos sobre essa "pulga atrás da orelha"... que tal falarmos sobre esse local quando fizer-mos o primeiro passeio em conjunto... eu proponho-me a traçar o esboço do percurso por estas bandas.

    P.S.-Como já te disse, tenho vários amigos que são proprietários de terrenos aqui na zona... e que deves compreender que por vezes têm de tomar medidas contra a falta de respeito de algumas pessoas, por eles o meu respeito, e para continuarmos a "bem" utilizar os seus caminhos privados... a minha razão de não falar sobre trilhos (privados) aqui neste local.

    Abraço
    Fernando Oliveira

    ResponderEliminar
  3. OK! Falaremos então "Off-Record" sobre este assunto assim que nos encontrarmos. Só te falei nisto aqui porque esse é um tais trilhos que eu só fiz umas 3 ou 4 vezes e que deixei de o fazer pelos motivos que te referi na mensagem anterior.

    Relativamente ao passeio em conjunto, estás à vontade para traçar o percurso. Tenho a certeza que nos vais surpreender!

    PS: Se quiseres podes apagar estas mensagens do blogue. Eu não levo a mal e fazemos de conta que eu não perguntei nada ;-)

    Abraço

    ResponderEliminar
  4. Olá Carlos

    Já que falamos em caminhos privados... concerteza, conheçes, o caminho que foi cortado há alguns meses e que dava acesso ao moinho do Cuco.

    Também sabes concerteza que o voltaram a abrir... pois bem, soube esta semana que nas terras ao lado do caminho, que leva até ao moinho, fizeram um genero de pista de 4x4 e de motos... ilegal, é claro... esse local é terreno agricola de cultivo e que por vezes está em regime de pousio... mas infelizmente as pessoas não intendem essas coisas... e vai de estragar o trabalho, e pior a propriedade dos outros...

    Certamente sabes o que vai voltar a acontecer nesse local... eu conheço os donos e sei que "estão pelos cabelos"... não podem cortar o acesso pela estrada (pois é caminho municipal), e estão a ficar impotentes e impacientes com a falta de respeito de algumas pessoas, que com estes actos prejudicam, os que respeitam e se portam convenientemente quando passam pelo local.

    Quanto a apagar mensagens deste blogue, isso está fora de questão o que foi dito está dito, e só é apagado, se de algum modo ferir a susceptibilidade dos leitores, e nós o assim entender-mos, como não foi este o caso "so let be writen... so not to be erased". LOL

    Abraço

    ResponderEliminar
  5. Mais uma péssima noticia... Infelizmente já me começo a habituar tal é a quantidade de trilhos que são destruídos ou que o seu acesso nos é vedado. Ainda não tinha conhecimento dessa obra "genial"! Esse tipo de comportamentos é incompreensível e inaceitável... Os proprietários têm todo o direito de se sentirem desrespeitados. Mas, e já que referes o que provavelmente vai voltar a acontecer, não sei até que ponto a passagem pedonal pode ser voltar a ser impedida, visto que nessa zona está assinalado um percurso pedestre oficial do Parque Natural da Arrábida (Percurso F - Picheleiros). Já estou a ver que vai haver novamente polémica, e que mais uma vez ambos os lados têm razão (os proprietários de um lado, e os que desejam desfrutar do local sem o estragar do outro). Vamos aguardar que tudo se resolva da melhor maneira possível.

    Se a memória não me falha creio ter lido à uns anos atrás num Fórum que foi no Alto da Madalena que outros "génios" da mesma estirpe tiveram a "brilhante" ideia de construir uma pseudo-pista de freeride/trial com paletes de madeira que como é lógico foi destruída assim que alguém com bom senso a descobriu e viu que aquele não era o local apropriado para tal construção... Enfim, nem merece mais comentários...

    Abraço

    ResponderEliminar