Novamente alvorada pelas 5.00, com todos novamente a acordarem "cheios de pica" para mais um dia na Via Algarviana, como dormimos em Feiteira, e acabamos o sector 4 em Cachopo, tivemos de lá voltar para iniciar o próximo sector, o quinto, que iria ligar Cachopo a Barranco do Velho, sector feito na integra na serra do Caldeirão, para ser mais exacto na dura serra do Caldeirão.
Eu, sabendo o que iria ser esta etapa, bastante dura, salvaguardei novamente o meu úmero e a forma física e resolvi, só entrar em acção no sector 6, o António, tal como sabem, pouco habituado a serras e montes, também achou melhor ficar connosco, e claro, o Tiago também menos talhado para estas duras andanças, ponderou correctamente e resolveu atacar a Via, a partir da 6ª etapa, ficando-me a fazer companhia no arrumar da casa e das bagagens, já o António acompanhou o José António, na tarefa de deixar os nossos bravos em Cachopo, neste dia o Nuno e o Flávio (Que alma e força de vontade tremenda!), resolveram fazer-se à Via, numa demonstração de determinação e valentia, e só porque ambos possuem uma forma física invejável, lhes foi possível acompanhar os três heróis do sector anterior, pois para estes, a saga do Caldeirão continuou, e depois de um fim de tarde duro, nada melhor do que um inicio de manhã muito mais duro, senão vejamos, iriam ter em 30km cerca de 1000 metros de acumulado de subidas, e se no dia de ontem foi "sobe e desce"... Hoje iria ser "desce e sobe", é que se avizinhava que o sector de hoje seria, descer a várias ribeiras e subir, subir, subir e subir...
E assim foi pelas 6.45, arrancaram da aldeia de Cachopo, rumo a Barranco do Velho, mas tínhamos combinado abastece-los em Parizes que fica sensivelmente a meio da etapa, pois eles iriam necessitar de todo o apoio, moral... E claro as bifanas cuidadosamente preparadas na véspera já para não falar nas minis bem fresquinhas que até levantam um morto.
Formados e em sentido!
Nas ruas do Cachopo
O Zé António e o António regressaram a Feiteira para carregarmos a carrinha, onde estávamos, eu e o Tiago, com tudo pronto para deixarmos o nosso 1º quartel-general, e rumarmos a Parizes, digo agora e muito sinceramente, não estava à espera que a viagem de carrinha tivesse custado tanto a realizar, as subidas pelo asfalto perto da localidade de Javali eram tantas e tão íngremes que o Zé António teve de realizar várias na 1ª mudança, na carrinha comentava-se que os nossos bravos amigos deviam estar a sofrer bastante, tudo o que a nossa vista podia avistar eram montes e vales e a carrinha sempre a andar num terrível carrossel, e se na carrinha custou, imaginem agora eles nas bicicletas e a apanhar muitas das vezes solo em pedra, nós na carrinha estávamos no asfalto.
Entretanto os nosso cinco amigos que andavam no "rompe pernas", passaram por Currais, seguidamente e no meio do nada, uma habitação acastelada, sim de facto para habitar em segurança no meio destes montes só mesmo assim... E dai nunca se sabe!?
Viegas num dos raros momentos de descanso
Cuidados com o ferro...
Só com este espirito de entreajuda foi possivel superar alguns sectores
O fotografo do dia... ao contrário do outro fotografo, este aparece sempre
Castelo no meio do Caldeirão
Mais uma das duras...
Vitória no bonito cenário do Caldeirão
Nuno no ferro e no Caldeirão
Mais uma ribeira
Biking over water...
Hipólito em mais uma "Magana"
Deixa-mos rasto na via...
O caminho para as bifanas e as mines, era por ali...
Depois e após muito sobe, sobe, sobe e desce, a povoação de Castelão, depois mais sobe, sobe, sobe e sobe e desce, e sobe até Parizes, onde já nós os homens do apoio estávamos à espera, compramos o pão e fomos barranco a baixo à procura dos nossos bravos pois deviam andar por perto, metemos pés ao trilho e fomos por ali a baixo, ouvi vozes no fundo do vale e comecei a gritar, ao que fomos correspondidos com gritos dos nossos bravos, ali vinham eles novamente a subir e bem, e até à capela de Parizes foi sempre a subir para não variar, chegados ao largo/cruzamento desta localidade, os nossos amigos atacaram desta feita as bifanas como leões, o queijinho que a dona Otilia nos deu desapareceu num àpice, é que depois da sova que levaram até este ponto extra de apoio, estavam a necessitar de alimento, para continuar este sector que só acabaria 11,6 km depois.
O largo central de Parizes
A fome era negra...
O queijinho sumiu em segundos
Abastecidos de "carne" e "mines", os nossos cinco CicloBeatos, lá continuaram a luta contra a serra do Caldeirão, afinal já só faltavam 11 "quilometrozinhos" até Barranco do Velho, a seguir a Parizes, desceu-se muito, ora isto era prenúncio para... Subir muito... Pois Claro! E até fizeram uma "Magana" à mão, ou seja em Pé BT.
Destino do final do sector 5
Sobe, sobe, sobe e...
...Sobe
Desce...
Também por aqui houve Pé BT
E muita entreajuda...
o Mário andava no ninho... a tirar fotos
Lá ao fundo, no canto superior direito estavamos nós... os do apoio
De Parizes para a frente não houve passagem por mais nenhuma povoação, os cinco tiveram apenas por companhia as serras e montes do Caldeirão, nós os do abastecimento já estávamos em Barranco do Velho à espera dos bravos, e posso dizer que tanto o Tiago como o António se encontravam em pulgas, para pedalar, de facto reparei que a adrenalina nestes dois rapazes era mesmo muita, de tal modo que desde que chegaram a esta povoação, não pararam sossegados um momento, ele era preparar as bicicletas, ele era andar de bicicleta para lá e para cá... Estavam eléctricos os homens...
Barranco do Velho
Local de abastecimento
Escolhemos um ponto estratégico para observar quando os nossos bravos surgiriam no horizonte e esperamos ansiosamente, até que o Zé António avistou algo branco a passar no cimo de um monte, sem dúvida eram eles, estavam a cerca de uns 3 quilómetros, mas dava para ver que eram eles, gritamos e fomos correspondidos, e que nisto de montes e vales o eco é meio de comunicação espectacular, ouve-se a quilómetros de distancia, até se ouve os MINI ECOS, não é Hipólito?
Mais umas pedaladas e tal como em Parizes fomos esperar o pessoal à subida final, e como verdadeiros aficionados do ciclismo, até houve momentos dignos do Tour de France... Não foi Nuno?
Eram cerca de 11.34, quando chegaram até junto do ponto de abastecimento, percorrendo este quinto sector em 4.48 horas, à média de 6,2 km/hora, sendo que em tempo real a pedalar foram 3.30 horas, numa média de 8,5 km/hora, estava concluído o sector 5, e analisando friamente, penso que o segundo mais difícil da Via Algarviana, como não o fiz, não posso ter uma opinião exacta, mas entre este e o sector 10 Silves-Monchique, de certeza que está o campeão da dificuldade.
Neste sector há-que dar os parabéns a estes cinco bravos, que a partir de hoje ficam mais pesados, pois passam a ter o cognome de, os bravos do Caldeirão, os três de ontem já estávamos à espera que realizassem mais esta etapa, até porque para estes três, daqui para a frente era pena se tivessem que desistir de alguma etapa, quanto ao Nuno e o Flávio, mostraram de que massa são feitos, e se por acaso houvesse dúvidas de que mereciam ser CicloBeatos, hoje ficariam dissipadas, "cojones!", "HOMBRES CON COJONES!"
SECTOR 6
BARRANCO DO VELHO - SALIR
14,02 km
Subida acumulada: 150 metros
Descida acumulada:405 metros
PARA BAIXO TODOS OS SANTOS AJUDAM
Este abastecimento foi muito rápido, apenas 14 minutos, tal a vontade dos outros três CicloBeatos se juntarem aos seus companheiros, nesta etapa que seria quase sempre a descer, saímos de Barranco do Velho pelas 11.50 horas, para os cinco bravos do caldeirão, este sector foi o do descanso, mais do que merecido, para os restantes era uma etapa aparentemente fácil (para mim não... como sabem não gosto de descer), e sem grande história, resumiu-se ao descer muito e no fim das descidas esperarem um pouco por mim, que aos poucos fui ganhando confiança a descer, e os meus amigos já não esperavam muito...
Ainda subimos um pouco inicialmente, em Barranco do Velho, depois entramos num sobe e desce no cimo das serras, mas nada de grave, muito ligeiro diga-se, e onde desde o nosso inicio de aventura avistamos pela primeira vez o mar, na costa sul algarvia, até pararmos junto a um moinho e marco geodésico, para a foto de grupo, que infelizmente acabou por ficar péssima (os grandes fotógrafos também falham... tiram é mais fotografias por precaução), continuamos o sobe e desce ligeiro, até que começamos a descer bastante, onde até houve, duas quedas quase imediatas e no mesmo local, que poderiam ter tido consequências muito mais graves, ainda assim o António ainda fez um vergão numa perna e o Hipólito largou a BH à sua sorte, seguidamente começamos a descer vertiginosamente passando dos 500 metros de altitude até bem próximo dos 200 metros, num ápice.
A rolar e bem no sobe e desce ligeiro...
Lá bem ao fundo o mar
O moinho e o marco geodésico
Ao fundo a confusão na descida... o Hipólito já se tinha refeito do susto
Mas o António não... Ficou com a perna marcada
Eu a descer e à frente... inédito
Cruzamos mais uma ribeira em que nos foi um pouco difícil encontrar passagem, indo mesmo passar no meio de um piquenique onde estavam várias pessoas, que ficaram um pouco alarmadas com a possibilidade de terem que dar almoço a mais oito, abriram a gaveta e esconderam, a comida, e lá passamos nós, também saímos da serra do Caldeirão, após termos andado nesta, cerca de 50 km. Logo a seguir cruzamos com o CicloBeato de apoio, que estava a nossa espera para o momento da posterioridade, e também estava com um pouco de pressa pois tinha de ir a água. Acontece que este ano a logística da água falhou redondamente, o ano transacto sobrou, e eu pensei, e mal que este ano acontecia o mesmo, erro crasso, tinha 60 litros, tivemos de comprar muitos mais, acho que duplicamos, desta feita em garrafões de 5 litros.
Após termos cruzado a EN 124, rumamos na direcção de Palmeiros, onde só saímos do asfalto para brincar num single-track muito técnico, a partir daqui e até ao abastecimento foram vários os single-tracks, no meio das hortinhas locais. Devido a esta localidade possuir ruas muito estreitas, o que poderiam impossibilitar a passagem da carrinha e atrelado, achei por bem, fazer o abastecimento à entrada da localidade e não no centro, junto à igreja (local oficial da Via Algarviana), e assim foi encostamos junto à estrada, comemos mais uma bifaninha, e desta feita várias minis, que o calor apertava e a sede despertava.
Entrada nas hortinhas e single-tracks
Vai uma "mine" fresquinha
Pelas 13.29 horas, estava feito outro sector da Via Algarviana, desta feita o 6º, em tempos totais de 1.38 horas, e a uma média de 8,5 km/h, sendo que a pedalar foi realizado em 1.20 horas, e à média de 10,5km/h.
SECTOR 7
SALIR - ALTE
17,82 km
Subida acumulada: 333 metros
Descida acumulada: 324 metros
NAS "TERRAS DO RISCO" ALGARVIAS
Dezassete minutos depois de chegarmos e comermos (a bela da bifana e a respectiva mine fresquinha), estávamos prontos para arrancar para completar o sector 7 da Via Algarviana, que ligaria Salir a Alte, numa extensão de 17 km, em que se previa não existir muita dificuldade (enganamos-mos), o António satisfeito com o passeio anterior, e aleijado na perna, (o Zé António também o assustou... Apontou para os montes atrás das nossas costas e disse que iamos subir por ali... Malandreco a assustar o rapaz!), posto isto, resolveu ficar na carrinha, o Nuno pagou a factura da má preparação, e a valentia/loucura, de se ter feito à dura 5ª etapa do Caldeirão, não recuperando sequer, nesta etapa anterior a descer, e acabou por ceder ao desgaste, e nem as mines fresquinhas lhe levantaram a moral, também ficou a fazer companhia ao Zé António e ao António.
Eram 13.47 horas, quando arrancamos para o sector 7, seria uma etapa com pouco acumulado de subidas, mas, sem dúvida foi dura, como irão ter a oportunidade de constatar, primeiro tivemos que atravessar a vila de Salir, pois situamos o posto de abastecimento antes desta localidade, depois ainda pedalamos por várias hortinhas da zona, até que subitamente perto da povoação de Pena, nos desviamos para sul, para dar entrada, numa zona bastante semelhante as "nossas" terras da serra do Risco, não ficando a dever mesmo nada quer em relevo, vegetação, qualidade do terreno, e pedras muitas pedras, talvez até bem mais do que na nossa zona, para começar tivemos de enfrentar uma dura subida repleta destas nossas amigas duras, e no que parecia tarefa fácil para transpor a pedalar, a meio da subida todos constatamos que era quase impossível subir, devido à irregularidade do piso e à gradual inclinação do terreno, que cada vez empinava mais, tornando praticamente impossível a sua transposição a pedalar, após este osso duro de roer mas transposto em Pé BT, ainda tivemos direito a vários quilómetros no meio de um planalto onde se podia avistar o mar na zona de Loulé, também carregado de pedras bem maiores que as anteriores e onde foi um verdadeiro milagre ninguém ter um furo ou rasgar um pneu, quase todos com o traseiro levantado do selim a evitar peso excessivo da roda traseira, e lá conseguimos passar este "campo minado", digo novamente, foi mesmo um milagre ninguém ter furado.
Uma velha nora num poço... numa das hortinhas que passamos
Pedalar pelas hortinhas...
Já nas "terras do risco"
Reparem nas semelhanças com a "nossa" Arrábida
O que ficou para trás naquela dificil subida
O que estava para cima...
Visto da foto parece facil? Não é?
A vista quase no cimo da subida.
Depois começamos a descer até a Benafim, e onde fizemos uma rápida passagem pela localidade, voltando novamente "às terras do risco", e novamente para transpor outro monte, que diga-se em abono da verdade não foi dos mais fáceis de fazer, a quantidade de quilómetros nas pernas, especialmente para os que começaram logo na 5ª etapa, e o calor que já se fazia sentir, e que também foi uma condicionante a partir de Salir, depois descemos novamente e quase a chegar a Alte, mais propriamente no passeio Eng.º Duarte Pacheco, encontramos o nosso "Oásis" deste evento, as piscinas naturais de Alte, na Fonte Grande, escusado será dizer que apesar de a água se encontrar gelada todos entramos para o mergulho da praxe, o pode-se mesmo dizer que este refresco soube que nem "ginjas", ainda deu tempo para as fotos de grupo e fresquinhos pusemos-mos nas nossas bicicletas e vai de atravessar Alte, até ao encontro com os nossos amigos que estrategicamente estavam situados à saída da vila, outro erro de calculo ao marcar pelo google earth (o ano passado foram as obelhinhas), de facto poderia ter feito o abastecimento na Fonte Grande, mas desconhecendo se o local seria gratuito ou se daria para as manobras da carrinha, não arrisquei, e resolvi marcar o ponto de apoio, fora da confusão da vila, e assim foi, marquei o ponto, e não é que marquei mesmo no meio de um bairro de nómadas, como nós...
Óasis em Alte na Fonte Grande
O grupo deste sector... bem fresquinho
Este sector, foi percorrido em 2.10 horas, e a uma média de 8,2 km/h, sendo que em movimento real, foi realizado em 1.42 horas, e à média de 10,4 km/h, sendo que chegamos ao bairro de etnia cigana, pelas 17.57 horas, também aqui recebemos a notícia de que os nossos homens do apoio tinham comprado fruta fresquinha para o jantar, e mais água, pois o calor estava a apertar e necessitávamos cada vez mais deste precioso líquido.
SECTOR 8
ALTE - SÃO BARTOLOMEU DE MESSINES
19,14 km
Subida acumulada: 263metros
Descida acumulada:363 metros
PERDIDOS NOS CAMINHOS ERRADOS
No acampamento... Desculpem, no abastecimento em Alte, demoramos apenas 14 minutos, para beber umas "mines" e encher os bidões com água, o grupo a pedalar manteve-se com os seis do sector anterior, o Hipólito, o Viegas, o Fernando, o Mário, o Flávio e o Tiago, os outros dois CicloBeatos optaram pela sensatez e preferiram pedalar mais um pouco no próximo dia (o dia das etapas de montanha), sendo que nós os seis, de hoje partimos pelas 16.11 horas, para darmos por findo o segundo dia na nossa aventura.
E logo na saída de Alte, nem tínhamos feito 500 metros, um furo, desta feita o Flávio, rapidamente mudado e "pé na tábua" rumo a são Bartolomeu de Messines, que já se fazia tarde, depois entramos em vários caminhos onde tivemos de fazer Pé BT, não pelas subidas mas por estes caminhos serem essencialmente para pedestres, com muitas pedras e arbustos para atrapalhar, para quem vá de bicicleta é de evitar já que existe asfalto logo ao lado...Mas nós como não gostamos de asfalto... Está visto! Não está...
Alguns metros depois mais confusão, alguém que não gostou que a Via Algarviana passa-se pelas suas terras e vai de lavra-las tornando novamente impossível de "ciclar" por ali, ainda andamos por uns single-tracks muito técnicos, e outro furo, desta feita foi o Viegas, enquanto mudavam a câmara-de-ar eu e o Hipólito fomos a pé, pois era mais fácil, procurar o caminho para nos tirar para fora daquela, pedraria toda e daqueles caminhos privados, e conseguimos.
Avistamos o caminho que nos levou a um trilho bem melhor que o anterior e nos tirou "dali para fora" e entramos no povoado da Torre, deixo aqui à atenção da Almargem (entidade que gere a Via Algarviana), atenção ao troço entre Alte e a Torre, muitas marcações que confundem quem passa e muitas interdições, supostamente feitas pelos donos do terreno, pede-se que solucionem este problema a fim de evitar possíveis conflitos, entre os proprietários dos terrenos e quem inocentemente segue um trilho feito e marcado por vós...
A seguir foi sempre a descer até à povoação de Vale, onde já se podia avistar a Auto-estrada do Sul, seguidamente veio a povoação da Portela, onde ainda subimos um pouco por outro bom single-track, andamos um pouco paralelamente à E1, e depois atravessamo-la por um túnel, a partir daqui foi tudo muito rápido, e em bom andamento fizemos bons quilómetros, depois outro túnel por baixo do IC1, e em pleno Barrocal Algarvio, foi sempre a rolar que nos aproxima-mos do nosso destino de hoje, não sem antes termos experimentado um caminho empedrado (talvez romano) junto a um pomar e que para massajar as "nalgas" no fim do dia veio mesmo a calhar (aqui outro caminho barrado com uma cruz), o caminho que a via indicava era mesmo, e só para pedestres... Calhaus, calhaus grandes e muita vegetação, sendo até para pedestres muito difícil, optamos e bem pelo empedrado junto ao pomar, sinceramente acho, que o pomar é o motivo do barramento do caminho, os donos devem estar fartos que mãos alheias se colem às suas frutas... Enfim uma falta de respeito de quem passa, e quem sofre é a via.
Auto-estrada-do-sul
No túnel por baixo da auto-estrada-do-sul
Via sacra, para massajar as "nalgas"
Não colar nas mãos... quando crescerem
Entretanto o pneu do Viegas voltou a furar, mas como era pequenino ainda deu para ir enchendo e pedalando, sendo que aqui o asfalto foi uma vantagem, e deu para o Viegas aliviar o peso da roda traseira, chegados ao sitio onde seria supostamente o ponto de encontro com o apoio, e que nós dispensamos, enviando os homens do apoio directamente para onde iriamos pernoitar, e que seria ao lado dos Bombeiros Voluntários.
A partir daqui e talvez devido ao cansaço de tanto pedalar desunimos-mos um pouco e em vez de seguir o que seria óbvio... O percurso do GPS, cada qual dava o seu "bitaite" e andamos um pouco perdidos, de notar que aqui a Via Algarviana é dificil de seguir, não avistamos quaisquer indicações da GR13 (se calhar alguém apagou as inscrições, ou os locais onde estão têm pouca visibilidade), e foi muito difícil de a seguir dentro da vila, após vários enganos, e pequenas discussões, lá demos com o local da pernoita, que foi numa firma de construção civil e camionagem, que gentilmente nos cedeu as suas instalações para a nossa estadia.
Única marca relativamente visivel da Via Algarviana em Messines
Nos aposentos em São Bartolomeu de Messines
Este sector 8, acabou pelas 18.37 horas, em tempo total de 2.25 horas, e a uma média de 7,9 km/h, sendo que em movimento foi realizado em 1.45 horas, e à média de 10,9 km/h.
Após estabelecidos, e jantados, ainda houve tempo para ir aos nossos vizinhos do lado, os Bombeiros Voluntários de São Bartolomeu de Messines, onde havia festa, bebemos uns cafezinhos e digestivos, depois regressamos aos aposentos, apesar do adiantado da hora, o Viegas ainda trabalhou como mecânico a assistir as bicicletas dos seus companheiros, depois foi tempo de ir deitar, que no outro dia teríamos, um dia muito duro, com subidas à Picota (775 mt) e à Fóia (880 mt), portanto toca a descansar, que amanha seria dia de intenso trabalho.
Enquanto uns trabalhavam...
Outros...
Estava percorrido o segundo dia dos CicloBeatos na Via Algarviana 2011, e o saldo desta feita não foi positivo, foi MUITO POSITIVO, os nossos três totalistas até ao momento o Hipólito, o Viegas e o Mário, muito bem preparados fizeram o que tinham a fazer, e após o Caldeirão, podia vir o que viesse, o Nuno e o Flávio, superaram-se, o Nuno sem andar de bicicleta há já muito tempo, fez o sector 5, o mais difícil do dia, e quem sabe da Via, na integra, ultrapassando mesmo as suas potencialidades, o Flávio que é um poço de força e há poucos meses esteve apoquentado por uma lesão, fez o dia todo e esteve no Caldeirão, eu e o Tiago só não fizemos a primeira do dia, conscientemente, essa etapa não era para nós, não estávamos preparados e se calhar comprometeríamos o resto do dia e o dia seguinte, o António sabiamente fez a etapa mais fácil do dia, agora que estou a escrever esta crónica acho que também tinha feito o sector 8, mas opções são opções e temos de respeitar, para o ano de certeza que fará tudo.
Nos quatro sectores de hoje realizamos 80,90 km, em 10.21 horas (tempo total com paragens), subimos 1729 metros e descemos 1976 metros.
-Saída de Cachopo pelas ruas com piso empedrado que nos deu uma massagem impressionante, tendo logo de seguida uma PAREDE sem aviso prévio que podem confirmar no 1º video do resumo deste dia. -Descidas vertiginosas em pedra solta para depois subir como se não houvesse amanhã. -Impossibilidade de um dos CicloBeatos passar novamente na descida para a ribeira de Odeleite, já que certamente todos os Javalis da zona andam á procura do "macho" que marcou a zona....... - O hábito de subir já era tanto que depois da sessão fotográfica na ribeira de Odeleite logo houve alguns CicloBeatos que se fizeram a uma subida á esquerda quando o caminho indicava pela direita e junto ao ribeiro a direito!!!! -Nem imaginam como subimos até os encontrarmos onde fizeram o 2º video do dia.
Alguns comentários ao Sector 5- Dia 2
ResponderEliminar-Saída de Cachopo pelas ruas com piso empedrado que nos deu uma massagem impressionante, tendo logo de seguida uma PAREDE sem aviso prévio que podem confirmar no 1º video do resumo deste dia.
-Descidas vertiginosas em pedra solta para depois subir como se não houvesse amanhã.
-Impossibilidade de um dos CicloBeatos passar novamente na descida para a ribeira de Odeleite, já que certamente todos os Javalis da zona andam á procura do "macho" que marcou a zona.......
- O hábito de subir já era tanto que depois da sessão fotográfica na ribeira de Odeleite logo houve alguns CicloBeatos que se fizeram a uma subida á esquerda quando o caminho indicava pela direita e junto ao ribeiro a direito!!!!
-Nem imaginam como subimos até os encontrarmos onde fizeram o 2º video do dia.