domingo, 5 de junho de 2011

VOLTA LIGHT (OU O REGRESSO DO NANDO)


Pois é! Meus amigos... Estava destinada para hoje uma volta "Light"... E posso dizer que para alguns foi mesmo "Light"... Para outros não tanto... Hoje também regressei à bicicleta e tudo correu muito bem, não me doeu nada, nem a subir nem a descer, nem com trepidações... Nada... Mas claro a mazela está lá e tenho de me defender e proteger... Evitando esforços e manobras desnecessárias, que possam pôr em risco quarenta e dois (42) dias de recuperação... Posso afirmar que me custa mais tirar a carteira do bolso de trás das calças do que andar de bicicleta... Mas também na época que atravessamos a quem não custa puxar da carteira... Até no bolso da frente  :-)
O regresso... E logo a infringir...

Hoje contamos com cinco (5) CicloBeatos no início, que começou pelas 8.15, rumo aos Canais, onde encontramos um amigo que se juntou a nós por grande parte do percurso, seguimos na direcção da Maça, e entramos dentro da herdade do Calhariz, atravessando e entrando no estradão de Calhariz rumo à aldeia das Pedreiras, onde recebemos um telefonema do nosso amigo António a dizer que se atrasou e vinha a pedalar na nossa direcção, acertamos encontrar-nos com ele na rotunda em Sampaio, mas resolvemos encurtar distancias indo ao seu encontro, posto isto e já com o nosso amigo no grupo e novamente junto à entrada da herdade de Calhariz, e em jeito de "Encore" voltamos a atravessa-la pela mesma estrada, mas desta feita rumamos para "Este" na direcção da entrada das Terras do Risco.

A cada Maluco... Estes dois têm a deles!...

Já agora em jeito de compêndio e essencialmente para quem não sabe... Ou quer saber um pouco mais, como é o nosso caso, deixo aqui um pouco de História da Herdade do Calhariz, de um excerto retirado do "site" do nosso Amigo, o Mestre Joaquim Oliveira.


PALÁCIO DE CALHARIZ
"A Quinta de Calhariz, ao contrário da maioria das quintas portuguesas que não passam de residências de Verão, é, sob todos os aspectos, uma grande residência ducal que evidencia a cada passo a sua nobre e ilustre origem. Esta casa, situada em pleno campo, tem como enquadramento paisagístico a Serra da Arrábida.
HISTORIAL
A Casa do Calhariz é propriedade do Duque de Palmela, descendente directo de D. Francisco de Sousa (1631-1711), casado com D. Helena de Portugal para quem o palácio foi construído - Por tradição, a construção tem sido atribuída ao último quartel do século XVII, talvez que baseada no facto dos azulejos da capela estarem datados de 1696.
Tem sido esta propriedade transmitida desde há cinco séculos até aos actuais proprietários, por via do casamento ou por herança, sem nunca ter sido objecto de um acto de venda.
Em 1483, Gil Vaz da Cunha, futuro membro do Conselho d'El-Rei compra aos herdeiros de mestre Joane, fidalgo da casa do infante de Beja, pai do que viria a ser o Rei Dom Manuel, a concessão por duas vidas, pela Quinta do Calhariz, que pertence à capela de Pero Anes Lobato, instituída na Igreja de São Mamede, em Lisboa.
Gil Vaz da Cunha irá aqui construir uma casa e empreender grandes melhoramentos agrícolas, tais como a plantação de vinhas e pomares, arroteando terras de semeadura, com a grande finalidade de obter do rei a concessão da propriedade por "quatro vidas", em vez das duas que lhe tinham conferido. De tal maneira se empenhou na tarefa que, após catorze anos, mais propriamente a 4 de Maio de 1504, o Rei Dom Manuel concede-lhe a mercê. A 14 de Julho do mesmo ano, sua filha e herdeira D. Maria da Silva (68) institui o morgado de Calhariz e transmite a concessão de toda a quinta ao seu sobrinho D. Francisco de Sousa, intendente do rei.
Mais tarde, uns anos antes de 1669 (datação dos azulejos da capela) a antiga casa de Gil Vaz da Cunha é substituída por um enorme palácio, "construído sobre a égide de três dos seus nobres descendentes: D. João de Sousa, grão-prior do Crato veador da rainha Dona Maria Francisca de Sabóia, bem como dos sobrinhos, D. Francisco de Sousa, capitão da guarda dos Reis Dom Afonso VI e Dom Pedro II, e de D. Luís de Sousa, arcebispo de Braga, membro do Conselho de Estado e embaixador extraordinário em Roma. "
O edifício do palácio não é particularmente grande, mas a amplitude do pátio e as dependências que o envolvem são demonstrativas de ter sido palco de intenso movimento. O seu aspecto formal é reforçado pela existência de um alto e forte gradeamento em ferro que circunda o pátio nobre, interrompido pelos pilares dos portões e por balaústres encimando bustos de estilo clássico.
Construído segundo uma planta em U um exemplo característico das casas nobres do século XVII, das quais tinha desaparecido toda a função defensiva, dispensando-se o muro de ligação entre as duas alas."
Se quiserem saber mais pormenores sobre a Quinta e o Palácio de Calhariz, façam o favor de seguir a hiperligação que vós deixo abaixo, sinceramente pensamos que vale a pena.

Bem! Mas voltemos à nossa volta ligeira e sem açúcar "Light", entramos nas Terras do Risco e fomos entrar na estrada dos Casais da Serra na direcção da Arrábida, onde descemos o Alto da Mata, eu desci em "câmara muito lenta" não fosse o "Diabo" tece-las, e ainda me lembro bem da queda que dei...



Depois passamos pelas já tão famosas praias da nossa região que no momento em que por lá passamos estavam a ficar envoltas numa espessa camada de nevoeiro, vindo do mar e que certamente estragou os planos a quem gostaria de tomar o seu banhinho de sol pela tarde, e sempre a rolar apenas paramos na comenda para a foto de grupo e abastecer de água.

Arrancamos desta feita pela margem esquerda da ribeira da comenda na direcção da ribeira da Ajuda, onde claro está não conseguimos escapar à ainda muita água que existe por aqueles lados e consequente "laminha", sempre óptima para o eixo pedaleiro, cassete e afins... Mas nós sabemos tirar partido desses momentos divertindo-nos como poucos sabem fazer... Pois nós somos CicloBeatos!






De regresso a casa e pela estrada dos Picheleiros, alguns CicloBeatos começaram a sentir os efeitos do pouco andamento que possuem, e custou um pouco mais, especialmente na subida do Facem (Quinta do Herman José), aí foi mesmo necessário moralizar o nosso CicloBeato António, que pagou o facto de andar pouco de bicicleta na região que o viu crescer, mas nada como todos os CicloBeatos a mostrar solidariedade, e ele consegui-o chegar ao topo... Gostei! Foi mesmo bonito!

Acabamos a volta de hoje com 50km, a uma média de 13km/h e com 640mt de acumulado, quarta-feira à noite arrancamos com destino a Alcoutim, onde no dia 9 pelas 6.00 iniciaremos mas uma aventura, desta feita como todos vocês sabem na VIA ALGARVIANA.

BOA SORTE CICLOBEATOS

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