domingo, 6 de novembro de 2011

POR NOVOS TRILHOS


Nem só de trilhos novos foi preenchido este nosso espectacular, domingo de BTT, também passamos por caminhos que há muito não visitávamos, e tal como era de prever certamente não serão novamente visitados, pois fazem parte de propriedades privadas, devidamente cercadas e sinalizadas, o simples facto de lá termos ido foi só para constatarmos essa triste realidade, de que cada vez mais existem espaços interditos à prática da nossa modalidade de eleição... De qualquer modo os proprietarios estão do lado da razão, quem não faria o mesmo? Perante o abuso de determinados indivíduos... Enfim!... Perde quem respeita.


Mas vamos ao que realmente interessa, e de facto este passeio de domingo foi mesmo bastante intenso em novas experiências, percorrendo alguns trilhos que a semana passada acolheram a maratona da "TascaduXico" http://bttascaduxico.blogspot.com/2011/09/6-maratona-pinhal-novo-bttascaduxico.html, andamos até alguns bocados em PéBT,  mas só por cerca de 500 metros, e em  três locais diferentes, o que dá uma média de 166,6... metros por cada local, portanto uma ninharia, ou como se costuma dizer... Nada, a que um CicloBeato não esteja habituado... Só com uma pequena diferença... Desta vez não foi o Mário o responsável pelo PéBT... Fui eu!... E aqui perante vós eu me penitencio... "Mea Culpa".

 
Pelas 8.15, arrancamos de Vila Nogueira de Azeitão, os seis CicloBeatos participantes na aventura de hoje, o Hipólito, o Viegas, o Fernando, o Mário, o Flávio e o Tiago, o inicio foi feito em asfalto até à capela das Necessidades, de seguida tomamos a estrada do vale do Barris até as Oliveirinhas, onde descemos até ao "Frigorífico" com o intuito de atravessarmos por um dos novos trilhos programados para hoje, o do Casal do Vale do Moinho, mas este caminho encontra-se vedado (estrada cortada por corrente), tal como suspeitava, mas tinha truques (alternativas) na algibeira, como tal subimos pela Quinta do Carrascal até à estrada do Rego de Água, onde contornamos parte da Serra de São Luís até à Quinta do Zimbral, e na Arca d' Água começamos a subir pelo Casal do Vento Grande, de notar, que a subir foi a primeira vez para todos os CicloBeatos, a descer já estamos bastante habituados.

 
Alto das Necessidades, na estrada do Vale de Barris



Descida para o "Frigorífico"

Subida da Quinta do Carrascal

A descer para o sopé da Serra de São Luís





Perto da Arca d'Água

Subida do Casal do Vento Grande








Ao chegarmos ao cume desta longa subida (Casal do Vento Grande), e na Costa Velha, seguimos na direcção do retransmissor RTP da Serra dos Gaiteiros, para apanhar num ângulo pouco habitual para nós, a Giboia a descer, no final da descida o já habitual parar, pois adivinhem.... O Flávio voltou a furar (será que esta semana resolve este problema?)... Afinal existem pneus "tubeless" ó Flavio!
Lá tivemos de ficar um bocado de tempo, a mais, na Baixa de Palmela, onde e por asfalto nos dirigimos para a entrada, da primeira novidade absoluta do dia de hoje, o trilho da Bezelga, que começa em Aires e acaba na estrada da Cobra, neste trilho contamos com a companhia de muitos betetistas, que por ali andavam tal como nós em exploração deste trilho, recentemente revelado ao universo do BTT.

Deixo aqui uma nota aos nossos amigos do B.D.R. (Brigada dos Rijos)  http://bdr-btt.blogspot.com/2011/10/rescaldo-passeio-de-btt-de-29102011.html, tivemos mais sorte que vocês, pois não encontramos ninguém a reenvindicar a propriedade do trilho, de facto encontramos mesmo muitas pessoas, mas todos eram praticantes de BTT, e se de facto o senhor que vós interpelou é o proprietario das terras, é melhor que se preocupe em sinalizar o local com qualquer placa de interdição, pois nós não encontramos nenhuma, assim como os terrenos circundantes se encontram desprovidos de quaisquer vedações, logo suponho, que ninguém está a transgredir coisa alguma.

A Giboia




 Castelo de Palmela ao fundo




Ínicio da Giboia para quem sobe

O já tradicional furito do Flávio

Eles andam aí...

Castelo visto da Baixa de Palmela

Nós viemos lá de cima

Quinta da Bezelga e respectivo "single-track"






Já na estrada da Cobra e envolvidos numa enorme comitiva de betetistas, dirigi mo-nos para a segunda estreia do dia, uma descida bem na vertical por um curto "single-track", que nos leva até à estrada da Lagartixa, nesta pequena e radical, escapatória ainda houve tempo para um dos CicloBeatos sujar e rasgar o equipamento, numa queda, mas em que nada de grave aconteceu (além disso ninguém viu... Só eu...) e continuamos a nossa aventura, pela Lagartixa, onde voltamos à sua Toca, desta feita a subir e a estrear para alguns dos intervenientes, este magnifico trilho encontra-se completamente limpo de silvas* (Rubus sp.), proporcionando a quem por lá passa momentos de adrenalina a descer, e para quem como nós a subiu, momentos de rara beleza tal a qualidade deste trilho, a passagem deste trilho é para repetir certamente várias vezes durante este Inverno, e nos dois sentidos.

Chegados novamente à estrada do Vale de Barris, e após breve conversa com alguns elementos do vasto grupo de ciclistas que por ali andava, seguimos caminho para a terceira novidade do dia, o Calvário (a subir), pensando nós que o vasto grupo nos acompanharia, no descobrir deste novo trilho. porém não devem estar habituados a contornar cancelas, e não nos seguiram, pois foi o que fizemos no inicio deste trilho, contornamos um pequeno tronco em madeira que servia de cancela, e lá fomos nós em busca do desconhecido, tendo porém a certeza de que este desconhecido iria ser duro.

*Silva (Rubus sp.) Espécie herbácea, conhecida pelos seus espinhos. Surge espontâneamente, conquistando grandes quantidades de terreno.

A entrar na "Toca da Lagartixa"



Após um pequeno engano, pois em vez de atravessarmos a ribeira da Corba, seguimos pela margem norte e acabamos por sair um pouco do trilho, fomos por um trilho do qual voltaremos a explorar e que certamente nos levara até à Escudeira, mas isso fica para outro dia, regressando ao dia de hoje, e após travessia da ribeira, num local de difícil acesso, reparo agora (google earth) que existe caminho um pouco a jusante, dando certamente para evitar a passagem da ribeira a vau, perto do Casal do Barro.

A partir deste local, começa-se a subir, e só num local um pouco íngreme e cheio de regos, é que é quase impossível transpor montado na bicicleta, mas isto e só durante sensivelmente 300 metros, porém houve quem no nosso grupo tivesse percorrido esta distancia, quase na totalidade, montado na bicicleta, o autor desta proeza foi o nosso "trialista" Mário, a parte final da subida é alucinante e apesar do esforço dispendido a pedalar para ultrapassar este obstaculo, ao olhar em redor ficamos maravilhados com o visual alucinante deste vale, estava transposto o Calvário (Costa Velha), com a promessa de que cá voltar-mos... Mas para a próxima é a descer!

Inicio do Calvário














Depois fomos na direcção da Escudeira, e a descer o que voltou a não ser habitual, descermos a íngreme estrada que passa pela capela, no final da descida, fomos verificar uma subida já nossa velha conhecida (de outras antigas andanças), logo para começar deparamo-nos com um portão fechado e com aviso de vigilancia, ignoramos apôs consulta com um senhor, que nos disse que poderiamos passar se fechasse-mos o dito portão, assim fizemos e começamos a penosa subida, mas quase no final da mesma e também tal como eu vaticinava, já existem novas construções e achamos por bem voltar para trás, para não prejudicarmos a privacidade dos proprietarios do terreno, novamente no sopé deste monte achei que seria o dia ideal para voltarmos às "Portas do Paraíso" (ver ou rever em http://ciclobeatos.blogspot.com/2009/06/sendo-esta-foto-um-exlibris-para-os.html), e lá fomos nós até a montante da ribeira de Corva, para mais alguns breves momentos de PéBT, primeiro para ultrapassar, a seca ribeira, pelo meio de um canavial e depois, pela íngreme subida que nos levou até ao inicio do "single-track" dos Sobreiros (Ó Carlos "cespig" como se chama este? Ou metemos nós o nome?), regressamos ao estradão de Vale de Barris, e optamos por traspôr a Serra do Louro, pelo Cabeço das Vacas.

Escudeira

A caminho de propriedade privada

Perto das "Portas do Paraiso"


Em pleno Cabeço das Vacas, ainda andamos alguns metros a pedalar, mas depois devido principalmente as caracteristicas do solo neste local (rochoso e pedregoso), foi-nos impossível transpor mais este obstaculo, para nós a estrear a subir, montados nas nossas montadas, assim como já vários elementos do nosso grupo mostravam algum cansaço, quando chegamos ao cimo, achamos por bem alterar um pouco o final da volta, fomos pela Casa da Água, e na direcção da Fonte do Sol, porém antes de chegarmos ao Cabeço das Torres, viramos para o Marçal, por mais um magnifico trilho que nos levou até às traseiras do cemitério da Quinta do Anjo, entretanto o pessoal, já ia um pouco fatigado e fizemos o resto em asfalto até Azeitão.

Cabeço das Vacas







O magnifico passeio de hoje teve cerca de 40 km, com 971 metros de acumulado em subidas, sei que também teve um pouco de PéBT, portanto hoje como único culpado pela volta, acho que tenho o dever, de me retractar, apesar de termos feito 500 metros a pé (medi meticulosamente os metros), houve sempre um objectivo lógico, e até o final no Cabeço das Vacas, teve a sua lógica, já que evitou cerca de 5 km a pedalar e a subir até Capela das Necessidades, levando-nos novamente a um trilho bem divertido (Marçal) para acabarmos a volta de hoje em grande apoteose, como se costuma dizer e eu aprecio... "No Pain! No Gain!..."


2 comentários:

  1. Boas!!

    Em primeiro lugar, em meu nome e dos restantes elementos da brigada, desejamos as rápidas melhoras ao Fernando Viegas. Que queda tão estranha!

    Relativamente ao tal trilho "novo" que começa em Aires e que termina junto à Quinta da Bezelga, nem vocês, nem nós, nem ninguém pode ver qualquer interdição porque ela (ainda??) não existe... E o tal suposto dono sabe bem disso porque ele proprio comentou que lá por o terreno não estar vedado não significa que não tenha dono. E aí ele tem razão, porque todos sabemos que mais de 90% do terrenos do PNA são privados e que muitos deles não estão vedados. No sitio onde nós tivemos a tal conversa há uma vedação que delimita uma propriedade, talvez a dele, mas nós passámos (e voces tb) ao lado dela e ainda a uns bons metros da dita. Nós não prejudicámos nada nem ninguém, e tivemos até o cuidado de desmontar assim que o vimos a ele e aos seus dois caes. O que ele me deu a entender é que certas pessoas usam e abusam do que não lhes pertence e pensam que é tudo deles...

    O Trilho do Casal do Vale do Moinho sempre o conheci vedado e da ultima vez que estive convosco até comentei com o Mário (não sei se ele se lembra) que existe lá uma placa logo no inicio do trilho (ao pé da ponte) com a indicação aquele é um caminho privado. Por esse motivo nunca passámos por ali, e tal como voces fizeram, optamos sempre por outras soluções.

    Habitualmente também descemos o trilho do Casal do Vento Grande, mas a subir também se faz bem (agora no inverno é que costuma haver ali uma curva que costuma ter lama até à altura dos joelhos que não é muito agradavel).

    Tal como eu já tinha avisado no nosso ultimo rescaldo a "Toca da Lagartixa" agora ficou mesmo 5 estrelas e depois do lixo removido e das silvas cortadas já é com muito prazer que se pode voltar a passar por lá.

    Eu conheço parcialmente esse trilho junto à Ribeira da Corva e posso-te dizer que se não tivessem voltado para trás teriam ido ter a um campo de Arco e Flecha (costumam haver lá torneios) e que depois há um caminho que vai dar ao Vale dos Barris, perto do Salão de Chá. Acredito também que poderás ter razão e haver outro trilho que vá até à Escudeira, mas esse aí está vedado (pelo menos do lado da escudeira).

    O "Trilho dos Sobreiros" foi baptizado por alguem do forumbtt e por mim não lhe mudo o nome, acho que se adequa perfeitamente!


    PS: O Flávio nem precisa de comprar os tubless, basta fazer como eu e comprar duas camara de ar com liquido anti-furo (gasta 2x5€ e fica com o problema resolvido)

    Abraço

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  2. Olá Carlos

    Eu primeiro lugar quero agradecer a vossa preocupação e votos de melhoras para o Viegas, e em nome dos CicloBeatos, saúdo-vos pela vossa manifestação de solidariedade para com o nosso elemento e consequentemente com o nosso grupo.

    Em relação à tua intervenção neste espaço, não tenho nada a acrescentar, apenas tenho a elogiar, o que para muitos pode ser um comentário, para mim é como se fosse um "post", não estava a espera de outra coisa da tua parte, por isso te mencionei e quase te "convidei" a participar nele, para mim este comentário só engrandeçe a nossa memoravel volta de domingo.

    Obrigado Carlos pela tua participação e atenção para com o nosso humilde espaço de desabafo.

    Abraço para ti e para os Rijos

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