terça-feira, 21 de junho de 2011

CICLOBEATOS NA VIA ALGARVIANA 2011 DIA UM

Dia 1

Quinta-feira dia 9 de Junho de 2011


 
SECTOR 1

ALCOUTIM - BALURCOS


24,52 km


Subida acumulada: 531 metros


Descida acumulada:331 metros


ALDEIAS DESERTAS


A alvorada foi pelas 5.00, ou 6.00 de Espanha, pois foi curioso o facto de que durante a noite ouvíamos primeiro o sino da igreja do lado espanhol com mais uma hora e só depois o do lado português com a nossa hora, mas não pensem que foi necessário muito esforço para levantar o pessoal, pareciam "sempre em pé" tal a rapidez com que todos se levantaram, era o sinal que o bichinho aventura estava a fervilhar dentro de nós e fazia-se notar pelo "stress" de alguns participantes que se encontravam com a adrenalina a mil e qualquer coisinha mínima era motivo de "comixiçe" e alguns resmungos com quem quer que se mete-se à sua frente na azafama dos preparativos para o arranque.
 

 Primeiro tomou-se o pequeno-almoço improvisado com bolachinhas, que calharam a matar e com sumos, leitinho e águas, depois vestiram-se os equipamentos num momento sagrado, tal e qual "toreros" antes de entrar na arena a vestir o "traje de luces", depois a montagem das rodas dianteiras nas bicicletas e respectiva verificação e lubrificação rápida, montagem do dorsal no guiador, sim porque cada qual ia identificado com o propósito da aventura e o seu nome, e nem o nosso CicloBeato de apoio, o José António Pombo, escapou à identificação, pois à frente do volante da carrinha ia identificado com o respectivo dorsal.

Azafama matinal


Prontos para a aventura

Eram 6.00 quando acabou toda esta azafama e descemos para junto do caís de Alcoutim, que é onde começa a Via Algarviana, tiradas as fotos da praxe e desta feita com a faixa a evidenciar o evento e o patrocínio a que fomos sujeitos, e por volta das 6.15 arrancamos todos, para o inicio da nossa aventura de 2011, iriamos percorrer o sector 1, da Via Algarviana.
Os CicloBeatos no Km 0 da Via Algarviana

 Passamos a ponte da Ribeira de Cadaviais, um afluente do Guadiana que passa em Alcoutim, e começamos a subir o que anteriormente tínhamos descido para ir ao início do sector, sempre em asfalto passamos pelo CicloBeato de apoio e entregamos a faixa à sua guarda (o Mário Jesus, sendo o elemento mais tecnicista do grupo, tratou deste assunto), de repente e já novamente por cima da pousada e a comtemplar o Guadiana, acabou o asfalto, e aqui sim começa-mos a interiorizar que estávamos na Via Algarviana (é que aqui para nós, de asfalto quanto menos melhor...), também o facto de se nos depararem as primeiras placas sinaléticas da via, mostrando, nos que faltavam 6,6 km para o primeiro objectivo do dia... Esperem não estarão a achar pouco?

Transporte da faixa do evento



Entrega da faixa do evento ao CicloBeato de apoio


O rio Guadiana

Nascer do sol no lado espanhol

Faltavam 6,6 km para a primeira paragem

Faltavam tão poucos quilómetros, era para o café "O Tempêro" em Corte Pereiras, no qual o ano passado na última etapa do nosso projecto bebemos umas "mines" bem fresquinhas, após o belo banhinho na ribeira do Vascão, dito e feito, após estes 6,6 km, que já tínhamos palmilhado no ano transacto, mas no sentido inverso e a descer, chegamos ao café que tinha acabado de abrir e ainda tinha a máquina a aquecer, esperamos um pouco e os viciados do café (o Nuno foi um deles... Pois claro) aconchegaram o estômago, os restantes já estavam bem quentinhos, pois estes quilómetros iniciais tinham sido todos a subir, prenunciando o que iria ser o resto da Via Algarviana, para os que ainda não tinham noção de onde estavam metidos, começou a formar-se a ideia nas suas cogitações, e a via começava a sua apresentação.




Toca a subir... foi este o mote desde o inicio


O regresso ao "Tempêro"

 Seguidamente e agora em território a estrear para todos os CicloBeatos, passamos pelo Monumento Megalítico, Menires do Lavajo, e entramos pelos planaltos algarvios adentro, em estradões repletos de pedras em que a técnica por vezes se sobrepõe à força, depois passamos por mais uma povoação de nome Afonso Vicente, onde não avistamos ninguém, e atravessamos a povoação pelo centro, era bem cedo é certo, mas nem vivalma, mais alguns quilómetros e atravessamos a primeira ribeira, que se encontrava com alguma água e que devido à quantidade das pedras nos obrigou a desmontar, para evitar trambolhões bem molhados pela manhã, seguidamente outra povoação deserta, Corte Tabelião, onde possamos junto a um local de devoção, e mesmo assim não apareceu ninguém, onde será que estavam metidos os habitantes destas aldeias?


Os Menires do Lavajo






Aldeia deserta...

Ou quase...




Primeira travessia de um ribeiro





Local de devoção no Corte Tabelião


Mais uma ribeira atravessada a pé, e na subida para Corte da Seda, o primeiro contratempo da viagem, saltou a corrente da bicicleta do Hipólito e prendeu-se teimando não se desprender, chamou-se o mecânico, Fernando Viegas, e assunto resolvido, podíamos continuar a avançar, novamente uma povoação deserta, desta feita, Torneiro, e após 24,52 km, bem durinhos e que nos levou a levar mais tempo do que prevíamos, devido essencialmente ao piso bastante irregular, reencontramos o nosso homem do apoio, na povoação de Casa Branca e onde está situado o fim do sector 1, Balurcos, finalmente avistamos habitantes, não sei se pelo facto de esta povoação ser maior do que as restantes, ou se foi pela hora que lá chegamos, 9.38 horas, sinceramente penso que não, até porque nestes locais a população se levanta bem cedinho para tratar dos seus afazeres, analisando friamente, penso que já não existem muitos habitantes por estas aldeias, os que existem são já de idade avançada, e os poucos que por ali habitam, de certeza que já andavam nas hortas desde muito cedo.





Marcações da Via Algarviana

Em muitos dos locais o chão era assim... e a subir então....






Primeiro contratempo

Rápidamente resolvido pelo Viegas





A desertificação aproxima-se...




Primeiro ponto de abastecimento

Estava feito o primeiro sector da Via Algarviana, em tempos totais de 3.22 horas, e a uma média de 7,3 km/h, sendo que em movimento foi realizado em 2.41 horas, e à média de 9,1km/h.




SECTOR 2

BALURCOS - FURNAZINHAS




15,85 km


Subida acumulada 262 metros


Descida acumulada 284 metros


A MAGANA DA FOUPANA


Após uma pausa de sensivelmente quinze minutos, estávamos prontos para começar a segunda etapa do nosso passeio/aventura, o António Patronilho, pouco habituado a andar de bicicleta em serras e montes, e a fazer mais de 30 km, tomou a sensata decisão de ficar a fazer companhia ao José António na carrinha, é que estes primeiros quilómetros apesar de relativa dificuldade, foram um pouco massacrantes para quem não estava bem preparado, como era o seu caso, e a nossa aventura ainda iria ter mais 13 etapas, portanto oportunidades, não iriam faltar para pedalar novamente com os amigos, salvaguardando o seu bem-estar e forma física.
Muito bem António! Reconhecer os teus limites e não pôr em risco o objectivo global, foi um sinal de grande sabedoria e de espírito de grupo, para o ano com certeza estarás muito melhor preparado e farás de certeza muitas mais etapas, onde quer que seja o desafio.

Logo no inicio, na povoação de Casa Branca houve dois enganos, a via está mal marcada e não se encontram sinais do percurso em locais bem visíveis, até encontrarmos o trilho certo demoramos uns cinco minutos, depois circulamos paralelamente a um recém-inaugurado itinerário complementar, até à povoação de Palmeira (onde havia um ponto extra nº 2, para a carrinha), onde atravessamos uma ribeira, seguidamente subimos e apareceu uma ponte para atravessar o IC27, depois descemos muito e novamente cruzamos com o IC27, desta feita por baixo de outra ponte, e que sempre a descer nos levou até à ribeira da Foupana, aqui deu-se o primeiro furo da expedição, mas ainda bem que foi ao Tiago Antunes, e digo ainda bem porque sem duvida o "No Tubes" faz milagres, o furo foi grande mas o Tiago já experiente com este tipo de situações, selou o furo com a mão e o liquido fez o resto do trabalho, vedando o furo, ainda demorou um pouquinho, mas resultou.

Pedalar paralelamente ao novo IC27





Mais uma das muitas marcas da Via Algarviana



Ponte sobre o IC27









E eis que se nos deparou outro obstáculo, a ribeira da Foupana, que certamente em outra época do ano seria muito mais complicado de ultrapassar já que o seu leito é bastante largo e com muita água, certamente seria quase impossível de transpor devido ao caudal, em relatos de outros grupos que a atravessaram, vi senhores com água pelos peitos e de bicicleta no ar a atravessar, bem mas no nosso caso o pior foi encontrar o caminho para a outra margem, já que onde nos propusemos a transpô-la o leito estava bastante seco e as pedras eram "mais que muitas", até deu para alguns exageros que poderiam ter tido maus resultados, já que na euforia da brincadeira de atirar pedras para a ribeira a fim de molhar os amigos, houve alguém com menos pontaria que ainda acertou por duas vezes em bicicletas diferentes e com enormes calhaus... Não foi Sr. Mário Jesus?... Aí se fosse na Merida!? Ainda demoramos um pouco a encontrar a via, tendo mesmo de percorrer largas centenas de metros no seu leito de momento vazio.

Por baixo do IC27, a ribeira da Foupana


Mr. Cancelas back to Mr. Tabuletas





Finalmente demos com o caminho na margem sul da ribeira

Após este obstáculo superado, apareceu-nos logo outro, desta vez foi uma parede com cerca de 20% de inclinação, para subir com cerca de um quilómetro e com muito cascalho que obrigava a que por vezes a técnica se sobrepusesse à força, num fim desta subida que contava com várias colmeias a meio para dar uma dose de adrenalina extra, cruzamos com um agricultor que exclamou ao ver-nos vencer mais este obstáculo: - "Essa magana é tramada!".

Os metros iniciais na "Magana"

Lá ao fundo era o meio da subida e as colmeias também

Visual do lado esquerdo da subida

De seguida no grupo houve logo motivo para comparações com subidas da nossa zona, e chegamos à conclusão que não existiam subidas como esta na nossa região, todas são muito mais curtas, esta era mesmo muito extensa e sem locais para descansar, foi sempre de peito no guiador pelo menos durante oitocentos (800) metros, mas uma coisa é certa foi superada, porém neste local quase que poderíamos vislumbrar um "Néon" com o dístico "Bem-vindos à Via Algarviana".

Placa em vias de extinção... recomendamos que seja substituida por "Bem-Vindos à Via Algarviana"

Passamos por Corte de São Tomé e ainda deslumbrados pela adrenalina da subida enganamo-nos e não vimos o trilho, íamos direitinhos a Corte Nova, tivemos de voltar atrás e voltar à Via Algarviana, mais uns quilómetros por sinal mais rápidos e avistamos ao fundo de um bonito vale aldeia de Furnazinhas, para os mais tecnicistas como o Mário acabou em beleza pois até teve direito a descer por umas escadas, o pior estava para chegar.

Lá em baixo... Furnazinhas


 Pois achamos estranho a carrinha de apoio não se encontrar no local destinado, telefonamos e não é que os "maganos" ainda estavam em Palmeira (no tal ponto extra que referi anteriormente), e como podem ver pelo video em baixo apresentado, estavam na maior.... Pudera! Eles pensavam estar no local certo... "Ai os maganos" e o "magano" do GPS.


Em Furnazinhas, sucederam-se peripécias em catadupa, primeiro o Mário encostou a bicicleta perto de um ninho de vespas e foi picado, com muita sorte por apenas uma, o Viegas, procurando informações junto à estrada principal, deixou a roda de trás dentro da via e um automobilista, mal-humorado, embirrou com ele, olha com quem ele se foi meter, levou uma "roda" e desandou mais depressa do que chegou, para cúmulo e ao observar atentamente o mapa da Via Algarviana afixado no centro da aldeia reparei num erro, que pode causar confusão a alguém menos atento, ou seja no mapa a localidade de Furnazinhas está trocada com a de Vaqueiros, está impresso Furnazinhas a Oeste e Vaqueiros a Leste, quando deve ser o contrário, atenção responsáveis da Almargem, este é um dos aspectos a corrigir.


Erro a reparar pela almargem... este descobrimos nós.
Esta etapa tinha sido curta, mas muito mais dura que a anterior principalmente na zona da ribeira da Foupana que desgastou alguns dos participantes, estava concluído o segundo sector da Via Algarviana, com tempos totais de 2.33 horas, e a uma média de 6,2 km/h, sendo que em movimento foi realizado em 1.44 horas, e à média de 9,1km/h.

Após a etapa e sem abastecimento imediato, foi esta a moral de alguns CicloBeatos






SECTOR 3

FURNAZINHAS - VAQUEIROS




20,51 km


Subida acumulada 346 metros


Descida acumulada 308 metros


VIA RÁPIDA MASSACRANTE


Desta feita a pausa foi muito maior e rondou os 50 minutos, eu resolvi, que o melhor era acabar ali o dia de hoje, pois tinha fracturado o úmero há 45 dias e encontrava-me em recuperação, os quilómetros anteriores não tendo sido de extrema dificuldade deixaram marca, pois estive 40 dias sem treinar e acusei o desgaste, no fim do dia arrependi-me de não ter feito pelo menos mais esta etapa, acho que a tinha realizado, relativamente bem, mas o efeito psicológico da lesão levou-me a ser mais razoável do que devia e juntei-me ao José Pombo e ao António na carrinha, após passar o testemunho do GPS ao Mário, pois fiquem alerta meus amigos que a Via Algarviana sem este instrumento pode por vezes ser complicada de realizar, é que apesar de bem marcada, existem certas zonas que não o estão (poucas é certo, mas existem) e um erro equivale por vezes a vários quilómetros extra, e na Via todos os esforços inúteis são de evitar, ainda mais quando se está em grupo.
Esta etapa apesar de ter sido quase sempre feita a subir, gradualmente, mas a subir pelos típicos planaltos, algarvios, foi de menor dificuldade do que as anteriores, mas claro, não deixou de ser massacrante para quem já tinha 40 km nas pernas, e ainda por cima 40 km durinhos, a seguir a Furnazinhas uma descida a uma ribeira e depois novamente... Adivinhem!... Subir... Pois está claro!

Mais uma ribeira transposta

Subir... Subir...

...este foi sempre o mote da Via Algarvina


Com passagens pelas povoações de Monte Novo, Monte das Preguiças e Malfrades, nesta etapa deu para reparar em largos hectares de novos pinheiros mansos, que certamente daqui a uns anos trarão, pelo menos sombras a esta zona tão inóspita e desprotegida de vegetação.



Outros Srs. Tabuletas

Tiago a posar para a fotografia, sem mão...


Os pinheiros mansos... e o emplastro

Até deu para falar ao télémovel nesta rápida etapa

Não!... Não! Eu é que sou o emplastro!


Novo Pinhal de pinheiros mansos

Após 2.12 horas, e a uma média de 9,3 km/h, sendo que em movimento foi realizado em 1.54 horas, e à média de 10,7 km/h, no que se pode considerar a etapa mais rápida do dia, e que apesar de ter sido feita já com alguns quilómetros nas pernas e sempre em ascensão, bateu o recorde de andamento da anterior mesmo sendo com mais 6 km, caso para analisar e dizer, eu estava mesmo a fazer peso ao grupo.






SECTOR 4

VAQUEIROS - CACHOPO




14,82 km

 
Subida acumulada: 468 metros

 
Descida acumulada: 311 metros



SEPARAÇÃO DAS ÁGUAS


Este foi o sector da separação das águas, ou seja os que estavam preparados para a Via Algarviana e os que pouco ou nada se prepararam, desta feito eu, o Zé António e o António, ficamos a contar com a companhia do Nuno Silva, do Tiago Antunes e do Flávio Henriques na carrinha, que sem dúvida apesar de ficarem por aqui no dia de hoje, se superaram, o Nuno Silva, homem sempre ocupado com múltiplos trabalhos, há sensivelmente 3 meses que não andava de bicicleta e foi buscar forças sabe-se lá onde para fazer estes três sectores, o Tiago Antunes, apesar de ultimamente se ter esforçado bastante e treinado no duro, ainda não está ao nível dos demais, e sensatamente soube dizer: - Para mim chega por hoje! O Flávio apesar da força sobre-humana que possui (caiu dentro do caldeirão da poção mágica... em pequenino) e tentativa de se preparar o melhor possível, esteve muito tempo sem andar de bicicleta devido a lesão, e os três, não estavam preparados minimamente para a Via, e como CicloBeatos sensatos que são, deram o seu esforço por terminado no dia de hoje, por outro lado, os três que se prepararão convenientemente para este evento, o Hipólito, o Fernando Viegas e o Mário, atacaram mais esta etapa da via com "unhas e dentes", pois iriam entrar em plena serra do Caldeirão, e o "sobe e desce" seria uma constante, ficando a mercê do celebre efeito "rompe pernas" ainda mais já com cerca de 60 km, no corpo.

O nosso trio de ataque ao sobe e desce do caldeirão
Os 3 CicloBeatos que se fizeram à Via foram que nem uns leões à carne fresca, neste fim de dia, que fez parte do dia 1, tinham pela frente a pior das etapas do dia e logo após 60km, de facto eram só cerca de 15 km, mas com muito acumulado de subida para sector tão curto, quase 500 metros de acumulado em subidas, basta olharem para o gráfico do sector no início da descrição e tirar as vossas ilações.

Hipólito Sequeira

Mário Jesus

Fernando Viegas
Bela tareia que estava destinada aos nossos amigos no final de tarde, mas do grupo, eram sem dúvida os únicos preparados para isso, todos os outros que tivessem arriscado ir, tinham posto em risco a participação, pelo menos no dia seguinte, entretanto na carrinha, seguimos de Vaqueiros com destino a Cachopo, só que perto da Amoreira, e como eu "mais ou menos" tinha a percepção do percurso, pus-me a olhar para os montes, e lá bem ao fundo vislumbrei algo a mexer... Pois claro eram os nossos amigos CicloBeatos, impressionante o andamento que levavam após sessenta e tal quilómetros, pareciam um expresso, de facto os nossos rapazes foram um orgulho para nós, iam mesmo a "ripar" naquelas serras duríssimas, já tinham passado pela povoação de Monchique, iam a passsar pela Amoreira e seguidamente naquele carrosel, passariam por Aicarias de Baixo e Casas Baixas.













Seguimos para Cachopo e fomos ao encontro da dona Otília Cardeira, responsável pelo centro de descoberta do mundo rural, e com a qual eu tinha combinado a nossa estadia em Cachopo, após telefonema, fomos encontrar a senhora no quiosque "O Moinho", que nos recebeu de forma extraordinária, com direito a "cocktail" de boas vindas, onde degustamos uma bebida alcoólica caseira, que diga-se apesar do calor, soube mesmo muito bem, estávamos a pensar que iriamos pernoitar em Casas Baixas, o que não viria a acontecer, a anfitriã, reservou-nos dormida em Feiteira a 6 km de Cachopo, para onde seguimos imediatamente para tratar da descarga da carrinha e começar a preparar o jantar, pois a dona Otília prontificou-se a levar os nossos três campeões, a Feiteira assim que chegassem.

Chegada a Cachopo e ao quiosque " O Moinho"

A dona Otilia estava a nossa espera com um "cocktail" de boas vindas




Estendal no centro de acolhimento



O nosso quartel general do 1º dia

Quando chegamos a Feiteira reparamos que íamos dormir numa antiga escola primária, recuperada e tornada em centro de acolhimento, excelentemente aproveitado pela dona Otília, a casa tinha vários beliches, cozinha, sala de estar e casa de banho com muita água quente devido ao enorme reservatório existente, à volta da casa espaço era o que não faltava até aproveitamos o grelhador existente, e só não nos sentamos nos bancos de pedra porque as nossas cadeiras de plástico eram bem mais confortáveis, entretanto chegaram os nossos campeões, que acabaram a etapa em Cachopo pelas 5.25 horas, juntamente com a simpática dona Otília, que nos trouxe uns queijinhos que no dia seguinte serviram de "bucha" e um pote com mel que acabamos por deixar no local, claro que retribuímos tanta gentileza com entrega de artigos da nossa região, as tortas de Azeitão, e o moscatel de Setúbal, ao que a nossa anfitriã ficou maravilhada.



























Jantamos e preparamos as bifanas do pequeno-almoço, é que para os CicloBeatos não há nada como pedalar e a meio da manhã, comer uma bifana e beber uma mini, seguidamente arrumamos o "estaminé" e fomos beber um cafezinho, no snack-bar mais próximo (quase 1km a pé), e claro estávamos na zona do medronho, como se costuma dizer em Roma sê romano, o pessoal não se fez rogado e cumpriu a tradição... E bem! Depois fomos para a caminha e dormimos que nem uns anjinhos, pois tínhamos de acordar bem cedinho, para pedalar mais um pouquinho até São Bartolomeu de Messines.










A noite chega ao Caldeirão

Este sector 4, foi percorrido pelos nossos três bravos em 1.58 horas, e a uma média de 7,5 km/h, sendo que em movimento real, foi realizado em 1.40 horas, e à média de 8,8 km/h, notável com tamanha altimetria, apenas estiveram parados 18 minutos, faziam melhor? Se calhar faziam... Mas eles é que estiveram na Via Algarviana neste dia, para contar.





 
Estava percorrido o primeiro dia dos CicloBeatos na Via Algarviana 2011, e o saldo foi bastante positivo, todos se superaram, ultrapassando mesmo as suas potencialidades, e sobretudo, trabalhando como grupo, e pensando como grupo.
No dia de hoje realizamos 75,68 km, em 9.25 horas (tempo total com paragens), subimos 1597 metros e descemos 1234 metros.
 
NÃO PERCAM BREVEMENTE O RESUMO DO 2º DIA DOS CICLOBEATOS NA VIA ALGARVIANA
 

6 comentários:

  1. Ha ke dar os parabens aos 3 bravos do pelotão!!! Mas os restantes ciclobeatos tb estão de parabens pois deram o seu melhor e souberam assumir as suas capacidades para poderem continuar a via algarviana e chegarem ao fim apesar de naõ terem cumpridos algumas etapas.

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  2. Olá Nuno

    Claro, tens toda a razão, e isso também foi mencionado na crónica.
    Aguarda pelas próximas... vai valer a pena.

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  3. Estou em pulgas para o resto da historia

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  4. Desta vez não houve lebres, mas para compensar houve vespas com fartura, lolol

    E já agora endereço os meus parabéns ao reporter que está a ter uma trabalheira enorme para fazer todos estes relatos! E ainda vamos no dia 1
    (mas quem corre por gosto... ;-)

    Abraço

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  5. Olá Carlos

    A "sorte" foi que só houve uma picada... desta foi a vez do Mário.

    Obrigado pelo reconhecimento, do que custa preparar este tipo de reportagens... Ainda mais quando se têm tanta matêria boa, para escolher (cerca de 1000 fotos + videos), não têm sido facil, como sabes muito bem...

    Tens toda a razão quem gosta... Gosta mesmo!
    Já estou a preparar o segundo dia da nossa aventura... aguardem

    Abraço.

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  6. Ok
    Estou na onda dos comentários.... cá vai

    No sector 3 do dia 1 quando recebi o GPS do Nando,percebi o porquê de alguns relatos de pessoal que teve de voltar atrás.
    Sem dúvida que em certos pontos a marcação é confusa e temos de confiar no GPS.Este sector foi muito rápido mas algo desgastante devido ao calor e alguma areia em certas estradas.Na chegada a Vaqueiros o cansaço era muito, falo por mim, mas a vontade de fazer o dia na integra era grande.

    No Sector 4 do dia 1 penso que passámos pelas subidas menos "usadas" já que a vegetação quase que tapava as mesmas e não calculam o cuidado que tivemos para não furar, já que algumas subidas foram feitas sobre um tipo de laje em lasca de pedra.
    Eu e o Fernando Viegas começamos com as arreliadoras cãibras e quando os vimos não faziamos ideia do quanto ainda faltava, parecia ser já ali.
    A subir bloqueava a suspensão e a descer já nem me lembrava de desbloquear, o descernimento era pouco!!!!

    Estes km´s Algarvios são ENORMES como podemos constatar desde o primeiro dia até ao último

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