Caros amigos, hoje foi dia, de ser eu a escolher o destino
da volta domingueira, sei que a semana passada fizeram uma volta bem "rijinha",
e que estavam um pouco apreensivos e "preocupados" que a volta
projectada por mim fosse do mesmo calibre... Mas como sabem estive de férias, e
para além de não ter pedalando desde há quinze dias também trouxe uns quilitos
a mais, próprios de quem teve uma semana de papo para o ar, a comer e a beber
sem mexer uma palha... Como tal não poderia realizar uma voltinha daquelas que
bem gosto, pois o elo mais fraco certamente seria eu, de qualquer maneira
desenganem-se os que pensam que a volta de hoje foi ligeira, não foi, e mais à
frente nesta crónica, irão constatar precisamente isso.
Inicialmente tinha previsto uma volta à freguesia de São
Simão, mas achei leve demais e com poucos quilómetros, pelo que optei por uma
volta com mais substância, no local do costume, estavam além de mim, o
Hipólito, o Mário e o Flávio, como sou uma pessoa sempre precavida, o meu
passeio de hoje tinha umas escapatórias, pelo que antes de arrancar consultei
os meus amigos, se pretendiam fazer uma volta com aquecimento ou sem, o
resultado desta questão foi novamente o de apreensão, pois certamente estariam
a espera do pior (risos), optaram pela alternativa sem aquecimento pelo que
logo à partida subtrai, 10 km ao percurso programado para hoje, bom! Lá vamos
nós...
Estava tão atarefado em assustar, os meus amigos, que até me esqueci
que convém levar água para beber, portanto fui a Vila Fresca, buscar o precioso
liquido, inodoro e incolor, sem o qual de certeza iria passar maus bocados,
pois, o dia amanheceu quente e nos locais por onde passamos não encontramos
água, mas vamos ao que realmente interessa, a nossa volta de hoje, sempre em
alcatrão pela N379, fomos até São Gonçalo (Cabanas), onde nos preparamos para o
primeiro osso duro de roer, o "zigue zague" (Quinta da Torre), mas
calma! Hoje não o realizamos na totalidade, pois fizemos um desvio para a "toca
dos coelhos", que de facto como algumas pessoas já comentaram aqui no nosso
espaço, encontra-se a necessitar de alguns cortes na vegetação, pois em alguns
locais o perigo de nos desviar dos arbustos e cair para o lado, que ninguém
deseja (3 a 4 metros de altura), é iminente, outra das sugestões que proponho
para este local é a sua divulgação, com vista a mais pessoas passarem por este
local e assim contribuírem para impedir o crescimento dos ditos arbustos, pois
penso que, devido à falta de uso deste trilho, corremos o risco de muito em
breve não pudermos por lá passar.
Depois subimos para o "sobe e desce" na serra de
São Francisco e pedalamos em grande velocidade até à capela das Necessidades,
pela primeira vez, de muitas, atravessamos a estrada nacional nº10 (N10 para os
amigos), e dirigimo-nos pela estrada perto do Moinho da Cruz, que nos leva a
atravessar pela Palhavã e nos conduz até ao Alto do Cuco, descemos para o Casal
dos Cortiços, e fomos para o "playground" da Califórnia, que é um
local de eleição do Núcleo de BTT local, descemos depois pela Quinta Nova e
novamente encontramos a N10, seguimos para a povoação de Castanhos, onde nos
deslocamos por um trilho que normalmente se encontra enlameado e coberto de
silvas (impossível de transitar), só que desta vez apenas estava enlameado...
Passamos pelas vinhas que são propriedade da Cachamoa Vinhos e Azeites Lda. e
após deixarmos para trás as Quintas de São Simão e da Saúde, entramos no local
da Bacalhoa (Vila fresca de Azeitão), onde nos azulejos de São Simão, fomos
encontrar o nosso camarada Nuno, que de facto se encontrava no local de
trabalho... Não a trabalhar como podemos constatar, mas estava no local... Isso
é que é de Homem! De qualquer modo ao ver os seus companheiros de aventuras
saúdo-os efusivamente (exagero do autor), e abasteceu alguns cantis com o
precioso líquido (e não estou a falar de vinho...), despedidas feitas e
promessas do Nuno, de que brevemente irá pedalar connosco, arrancamos.
Já nas Vendas de Azeitão, passamos pelo local onde estão guardados, os restos mortais dos nossos amigos CicloBeatos, Luís
"Facas" Pedro e Leocádio Costa, e subimos a rua de Setúbal para
voltarmos a reencontrar as nossas amigas, capela das Necessidades e N10...
Estavam a pensar que encontrávamos mais quem? Neste local realizamos uma
situação muito pouco normal para os CicloBeatos, que foi descer a estrada das
Necessidades Velhas (estrada 1055), já que normalmente e frequentemente, a
fazemos no sentido inverso, a subir. Cá em baixo junto à ponte, e à entrada da Quinta
de Alcube, ainda paramos para constatar que uma estrada que outrora existia
neste local e que ligava à N10 junto ao restaurante "Choco Frito", se
encontra anexada à propriedade dos Arneiros, pertença do Grupo Xavier de Lima,
tal como vários caminhos e estradas e outras "coisas" por este país
fora, de qualquer maneira a estrada também se encontra completamente tapada por
silvas, o que nos impossibilitaria a passagem caso não existisse vedação.
Entramos em territórios das Serras de Alcube passando pelo
Casal do Fajardo, Casal do Rosmaninho e pelo abandonado Casal da Cruz da Légua,
voltamos à estrada 1055, utilizando-a apenas como acesso à nossa querida amiga
N10, atravessando-a fomos pela Quinta dos Cambalhões (ou será Camalhões?),
depois da passagem pela capela de São Pedro de Alcube, regressamos à Aldeia
Grande, e também à nossa querida N10, pedalando pelo Casal Novo da Ponte e indo
para o bonito single-track do Casal dos Altos que nos levou até à Ribeira da
Ajuda, no sentido da ponte da Rasca, entramos pela estrada dos Picheleiros, e
regressamos à nossa muito conhecida subida da Louriceira, onde entramos pelo
lado Norte e como é habitual no inicio da subida nos deparamos com o seu
imponente guardião, cada vez mais habituado à presença de ciclistas nesta
subida de elevado grau de dificuldade, onde um rapazinho com cerca de vinte
anitos, nos tentou envergonhar, andando para cima e para baixo, e passando por
nós... Gostaria de ve-lo já com cerca de 25 km nas pernas e com o acumulado de
subidas que já levávamos e fazer a volta toda connosco de princípio ao fim, se
calhar não passava tantas vezes por nós... Enfim! Cromos à parte...
Atravessamos a Louriceira e entramos na estrada da Rasca,
onde voltamos a subir pelo asfalto até ao Casal do Serrano, onde, e de forma
muito vertical atingimos a entrada do Trilho Maravilha (Quinta do Teles), após
a descida rápida deste belo single-track apelidado com este nome pelos nossos
colegas de pedaladas, os Rijos http://bdr-btt.blogspot.com/ regressamos à
Ribeira da Ajuda e junto ao Lagar, entramos por um trilho que já faz algum
tempo nos têm criado alguma curiosidade em percorrer, como era a minha vez de
escolher os trilhos e gosto de explorar, lá fomos nós, direitinhos à Quinta do
Esteval, onde tivemos de contornar a vinha, pois o acesso ao terreiro da Quinta
estava fechado, de facto revelou-se uma boa opção, mas de certeza muito melhor
a descer para quem vêm do Rego de Água, pois na possibilidade de fugir do
proprietário da Quinta (num dia menos bom...), a descer anda-se muito mais
rápido.
Voltamos a entrar na
nossa estimada N10, a subir e no sentido de Setúbal entramos na estrada do Rego
de Água, penosa subida, esta é das que não matando, mói e
muito... Pois só se deixa de subir junto do Casal da Razão, deixamos os Casais
da Batalha e do Pinhal Basto para trás, entramos na estrada 1054 e depois da
passagem pelo Casal da Eira Redonda, viramos com destino ao local de partida
junto ao Casal da Murtinheira, entrando na estrada do Vale de Barris, acesso
este que feito no sentido inverso é muito mais agradável, pois a subir, é das
subidas mais chatas que conheço, geralmente sempre exposta quer a sol quer a
ventos, e com um piso que não ajuda em nada a pedalada, porém acho, que os
"Tabus" têm de ser vencidos e por essa razão insisto neles com alguma
frequência, podemos não os vencer mas com certeza estaremos melhor preparados
para os enfrentar desta maneira... Penso eu de que!... Chegamos novamente à já
nossa velha conhecida N10, tiramos a foto do grupo, junto ao
"escritório"... Mas eramos só quatro! Depois seguimos pela...
Adivinhem! Será que são capazes? Pois claro! Até Vila Nogueira de Azeitão após
45 km, com 971 metros de acumulado em subidas, se eu tivesse verificado que
faltavam poucos metros para a marca mítica, tínhamos feito mais 19 metros a
subir, nem que fosse a subir alguns Camiões, na N10 pois claro!
Para a semana, a volta seria desenhada pelo António, já que
era a vez dele, mas como não têm andado connosco, devido a assuntos
profissionais, não sei se será possível ser ele a desenhar o percurso, portanto
o mais certo é ser o Mário a dirigir os nossos destinos no próximo Domingo, até
lá boa saúde para todos e algumas pedaladas.
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